OPERAÇÃO PANTANAL

Forças Armadas encerram Operação Pantanal II após redução dos incêndios no Pantanal

Militares do Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira atuaram durante quatro meses no suporte aos brigadistas que combatiam o fogo no Pantanal dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Giovanna Fernandes, João Vitor Marques, Livía Medina e Keyla Santos25/11/2024 - 15h06
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O Comando Militar do Oeste encerrou a Operação Pantanal II, iniciada pelas Forças Armadas em junho de 2024. Militares do Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira atuaram durante quatro meses no suporte aos brigadistas que combatiam o fogo no Pantanal dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.  A retirada das tropas na região é devido aos focos de incêndio controlados.

O Governo do Estado manterá três bases de combate a incêndios em operação no Pantanal para atender situações de emergência. Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul desmontou e os equipamentos das outras dez bases e retornou a Campo Grande para manutenção. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis  (Ibama) continuará com 150 brigadistas contratados pelo Prevfogo na região até o mês de dezembro.

As Forças Armadas atuaram no combate aos incêndios, com 216 missões e o lançamento de mais de 1,2 milhão de litros de água sobre os focos de incêndio. A operação teve a participação de 900 militares, oito aeronaves, 40 embarcações e 170 viaturas terrestres para transporte de militares e brigadistas. As bases de apoio do Exercício foram usadas para abrigar combatentes e transportar animais silvestres feridos para atendimento veterinário.

O General Luiz Fernando Estorilho Baganha afirmou que a missão do Exército é dar apoio logístico no Pantanal, aéreos, terrestres e fluviais. O General explica que a retirada das Forças Armadas na região ocorreu após uma análise das condições climáticas, do número de incêndios e da necessidade de apoio a outros órgãos. “Com o reinício e a retomada das chuvas, os focos de incêndio diminuíram significativamente. É lógico que temos que continuar monitorando e combatendo focos específicos, mas com certeza eles já reduziram para uma faixa de normalidade”.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck destaca que a Operação Pantanal II teve "um processo de coordenação muito forte que permitiu encontrar um modelo de combate a incêndios florestais”. Verruck afirma que o Governo do Estado apresentará até o fim do mês de novembro o plano de prevenção a incêndios para 2025. “Esse ano, o mais triste foi uma série de vidas perdidas no Pantanal, a maioria de pessoas que não eram das Forças Armadas, e isso mostra o quanto nós temos que capacitar e orientar (as pessoas)”.

A superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Batilani explica que o Prevfogo tem 150 brigadistas contratados pela instituição, que permanecerão no Estado até o fim do mês de dezembro. A superintendente destaca que a instituição “tem condições de atender a população caso seja necessária uma resposta rápida contra o fogo”. Joanice Batilani afirma que, a partir de janeiro, o Ibama contratará parte dos brigadistas para manter as bases da Brigada Especial de Corumbá e das Brigadas Indígenas na Reserva Kadiwéu, e nas cidades de Miranda e Aquidauana. “A Brigada de Corumbá quando é acionada atende o Estado todo, como também dá apoio a Mato Grosso, e eles vão ficar mobilizados com toda a nossa estrutura do Prevfogo/Ibama”.

O subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul (CBMS), Coronel Adriano Rampazzo afirma que as chuvas dos últimos dias na região foram suficientes para apagar os focos de incêndio no Estado. Rampazzo destacou que 10 das 13 bases avançadas instaladas pelo CBMS no Pantanal foram desmobilizadas e os equipamentos retornaram à Campo Grande para manutenção e preparação para as operações de 2025. “Também vamos diminuir a quantidade de militares que estão atuando, porque esses militares são os mesmos que atuam nas unidades operacionais e, muitos deles, principalmente os especialistas, estavam a cada 15 dias por mês na operação e também é um momento de descanso para os nossos militares”.

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