Mato Grosso do Sul tem dois novos sistemas de monitoramento para preservação ambiental. O Monitor de Geração de Alertas de Desmatamento Ilegal e o Sistema de Certificação Ambiental serão implementados para monitorar as áreas de desmatamento a partir de julho. As imagens feitas por mais de 200 satélites serão monitoradas por fiscais do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).
A fiscalização de desmatamentos ilegais será feita a partir do cruzamento de informações de cinco centrais de computação. O sistema de monitoramento diário emitirá alertas de retirada de vegetação nativa a cada 15 dias corridos. Os proprietários que realizarem supressão vegetal sem autorização receberão automaticamente embargos sobre a área desmatada.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck o sistema de inteligência artificial, avaliado em R$ 2 milhões, faz a avaliação diária do desmatamento e compara com períodos anteriores, por meio de imagens de satélite e o Cadastro Ambiental Rural (CAR). “O acesso ao sistema, será restrito à análise do Imasul. Entretanto, nós vamos ter um painel, que vai apresentar ao público externo o número de infrações e alertas identificados". Verruck afirma que o painel com dados de desmatamento estará disponível a partir de julho.
De acordo com o secretário, Mato Grosso do Sul tem como meta até 2030 zerar o índice de emissão de carbono e gerar créditos ao produtor rural. “Um dos itens fundamentais pra que a gente consiga ser um estado carbono neutro e gerar ganhos ao produtor, é combater o desmatamento ilegal”. Verruck explica que a implementação do novo sistema de monitoramento tornará a punição para aqueles que promovem o desmatamento ilegal mais rápida e adequada.
O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) emitiu 86 autorizações de supressão de vegetação em Campo Grande, Corumbá e Dourados entre 2019 e maio deste ano. O setor de mineração é o responsável pelo maior número de requerimentos. Segundo dados do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no primeiro semestre de 2023, a retirada total ou parcial de árvores, florestas e demais vegetações no estado caiu 74.7% em relação ao mesmo período do ano anterior.