A Agência Municipal de Trânsito (Agetran) utilizará drones para monitorar o tráfego de Campo Grande no início de 2017. O órgão comprou o primeiro aparelho em novembro e será usado para observação das vias, medição de tamanho de congestionamentos e acompanhamento de locais com trânsito lento na cidade.
O diretor-presidente da Agetran, Elídio Pinheiro afirma que o objetivo do projeto é melhorar o levantamento de dados sobre o trânsito da cidade. "A ideia do drone surgiu dos avanços da tecnologia a serem utilizados para realização de projetos viários. Antigamente, tudo era feito no levantamento topográfico e o uso do drone facilitou muito os projetos viários".
O sócio da empresa, Paulo Costa diz que o drone adquirido pela Agetran é de alta tecnologia. Segundo Costa, o modelo quadricóptero tem câmera 4K e transmite as imagens em high definition (HD), com alcance de voo de 2 km e transmissão de dados de até 5 km. A compra foi realizada por meio de pregão presencial, divulgado no Diário Oficial, do dia 20 de setembro. A empresa vencedora da licitação foi a "Casa 10 Utilidades". O custo total da aquisição foi de R$ 17.726, de acordo com o Portal de Transparência da Prefeitura Municipal de Campo Grande.
Pinheiro afirma que o drone também possui a opção de utilizar dois rádios controles e o custo do aparelho é acessível. "É um custo muito baixo em comparação com apenas um levantamento topográfico, fica irrisório este custo". Os dados coletados pelo equipamento serão compilados por técnicos da Agetran por meio de software simulador de engenharia de tráfego.
De acordo com o diretor da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (FAENG/UFMS), João Onofre, a Agetran possui infraestrutura suficiente e falta gestão de dados. "Para a gestão do trânsito da cidade eu tenho os pontos que eu sei que são os gargalos, e para os locais que eu não tenho esses dados, com um cálculo matemático adequado, eu consigo essas informações sem o uso do drone". Gargalos são situações em pontos específicos da cidade que comprometem o tráfego da cidade.