INFRAESTRUTURA

Calçada em frente ao Lago do Amor apresenta desnível após teste técnico e conclusão da obra

Teste realizado em vertedouro de contenção de água do Lago do Amor provocou desnível na calçada e rachaduras em sete metros de extensão após 31 dias de entrega de obra de infraestrutura no local

Felipe Arguelho, Helder Carvalho e Henrry Oden 2/11/2023 - 14h11
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Calçada em frente ao Lago do Amor apresentou desnível, após 31 dias de entrega de obras de infraestrutura pela Prefeitura de Campo Grande. O trecho fica localizado na Avenida Senador Filinto Muller e apresenta também rachaduras em sete metros de extensão na passarela de pedestres. A área foi isolada pela Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran) com cones e cavaletes.

150 metros do aterro da Avenida cederam e afundaram a calçada e ciclovia, devido à chuva intensa em 4 de janeiro desde ano, o que ocasionou obras para evitar o deslizamento de terra na região. A reforma da via começou em março e foi entregue pela Sisep em 26 de setembro. Dia 27 de outubro, a calçada cedeu e apresentou rachaduras.

Segundo o secretário Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep), Domingos Sahib Neto o desnivelamento na calçada foi causado por testes realizados no vertedouro construído no Lago do Amor para conter a vazão e conter o volume da água em dias de chuva intensa. "A equipe da Sisep fez averiguações para constatar o que provocou o problema e definir o que precisará ser feito. A operação do vertedouro é feita manualmente. O local já foi devidamente sinalizado e interditado".

De acordo com o comerciante local Nivaldo Oliveira a espera pela entrega da obra prejudicou as vendas. "Desde quando começaram a arrumar a rua aqui, não podia mais vender aqui. Tive que buscar outro lugar pra vender. Espero que com esse problema agora não interdite tanto a rua aqui". Oliveira relata que presenciou o teste realizado no vertedouro. "Eu vi eles fazendo o teste. Colocaram aquela comporta e foram testar ela e aí não deu certo".

A comerciante local Marinalva Souza afirma que os lucros de venda foram afetados pelas obras realizadas pela Sisep na região. "Eu nem vinha pra cá, porque eu ia vender pra quem? Só tinha trator e terra aqui. Tive que me virar nesse tempo. Demoraram tanto pra entregar a obra, gastaram tanto dinheiro, pra agora estar com problema aqui de novo. Absurdo isso".

O estudante de curso de Mestrado em Estudos de Linguagens da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Davi Rodrigues é morador da região e percorre diariamente o trecho. Rodrigues relata que não houve comunicação da Sisep para os moradores durante o período de obras na Avenida Filinto Muller. "Não houve comunicação nenhuma quase, apenas a placa de obra emergencial. E mais uma vez não falaram nada sobre essas rachaduras e a calçada que cedeu. Ficamos sem saber quando que vão solucionar esse problema".

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