TRANSPORTE PÚBLICO

Campo Grande vai receber nova frota de ônibus com apoio do governo federal

Consórcio Guaicurus programou 100 veículos para entrar em circulação na Capital a partir de abril

Bárbara Cavalcanti, Isadora Leiria e Larissa Pestana 5/02/2017 - 16h58
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Campo Grande renovará a frota do transporte coletivo até o final do mês de março, com o empréstimo do Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) feito pelas empresas filiadas ao Consórcio Guaicurus, em dezembro do ano passado. A proposta é adquirir ônibus climatizados e adaptados para pessoas com deficiência. De acordo com nota divulgada pela Prefeitura Municipal de Campo Grande, a pedido do prefeito Marcos Trad (PSD), foram encomendados 100 novos ônibus.

De acordo com o prefeito Marcos Trad (PSD), dos 100 ônibus requeridos pela Prefeitura, dez terão ar condicionado ou climatizador. “Estes veículos novos devem entrar no lugar dos mais antigos e o valor total dos recursos investidos deve ser de R$ 700 milhões”. A frota com os novos ônibus deve começar a operar na capital no mês de abril. O Consórcio Guaicurus realizará testes com os dois modelos, tanto climatizado, quanto com ar condicionado, para verificar qual é o mais adequado para as substituições da frota. 

Em dezembro do ano passado, as empresas filiadas ao Consórcio Guaicurus entraram com pedido para conseguir recursos para a renovação da frota no Ministério das Cidades por meio do Programa de Infraestrutura de Transporte e da Mobilidade Urbana (Pró-Transporte). O Programa propõe a renovação da frota do transporte público coletivo urbano (Refrota 17), e foi lançado no dia 13 de dezembro de 2016. O projeto estabelece linha de financiamento de R$ 3 bilhões em recursos oriundos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), valor que pode ser investido para financiamento de 10 mil ônibus em todo o Brasil. O objetivo do programa é modernizar 10% da frota nacional, cuja estimativa está em 107 mil veículos.

As empresas Jaguar Transportes Urbanos, Viação Campo Grande e Viação Cidade Morena foram selecionadas no início do programa, com investimento de aproximadamente R$ 20 milhões a ser divido entre as três. De acordo com o assessor de imprensa do Consórcio Guaicurus, Edir Viegas "as empresas desistiram de pedir recurso federal porque, por questões burocráticas, o recurso demorou demais para ser liberado e então as empresas partiram para financiamento por meio do BNDES”. 

A vendedora Grasielly Yara Anselmo Barbosa, de 24 anos, afirma que utiliza o transporte público duas vezes ao dia e diz não gostar do serviço.

A estudante da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Andressa de Sousa, de 24 anos, utiliza dois ônibus para ir a universidade e mais dois para voltar para casa, e uma das coisas que a incomodam é a divulgação errada dos horários. “Uma coisa é ele atrasar alguns minutos, outra coisa é ele repetidamente todos os dias passar em horários diferentes”.

 

De acordo com a paratleta e empresária Angel Campos Magalhães o transporte público é um desafio para deficientes físicos. Ela afirma que depois de sofrer um acidente em 2013, e perder uma perna, passou a usar o aplicativo Uber para a locomoção do dia-a-dia, por causa das dificuldades para utilizar ônibus. 


 

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