PROTESTOS

Campo-grandenses protestam por falta de segurança na cidade

População participa de passeata para reivindicar melhorias na infraestrutura e aumento do efetivo da Guarda Municipal

Bárbara de Almeida e Natália Moraes 4/06/2014 - 15h15
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A passeata "Segurança Pública Também É Problema Seu" reuniu várias entidades nas ruas de Campo Grande. Entre as reivindicações estavam aumento de profissionais na Guarda Municipal anualmente, criação da Delegacia da Mulher 24 horas e maior independência para 3ª Companhia da Polícia Militar, responsável pelo atendimento de toda a região central da cidade, o que abrange 30% da população.

O protesto, organizado em 31 de maio na Rua Barão do Rio Branco, teve a participação da Associação Comercial de Campo Grande, Sindicato da Guarda Municipal, Associação de Cabos e Soldados, Rotary Club, Corpo de Bombeiros, Movimento Mães da Fronteira, Moto Clube Feras do Pantanal e conselhos de Segurança da cidade, entre outros.

De acordo com o presidente do Conselho Comunitário de Segurança da Região Central de Campo Grande e organizador do evento, Adelaido Luiz Vila, o intuito da passeata é “chamar Campo Grande pra discutir segurança pública. Uma das nossas grandes preocupações é que as pessoas estão indignadas, mas não estão mobilizadas”.

Para Vila, o poder legislativo deve se responsabilizar pela segurança. “Hoje a população culpa a polícia militar pela sua ausência. Mas a grande responsabilidade está no poder legislativo, porque não tem uma lei que obrigue o governo do estado a inclusão de efetivo anualmente”. O organizador relata que falta planejamento e ações da Assembléia Legislativa pela segurança de Campo Grande. "Por exemplo, para realizar a cobertura da Copa do Mundo, serão deslocados aproximadamente 30% do efetivo de Mato Grosso do Sul, o que prejudica a segurança do Estado". 

O coronel do Corpo de Bombeiros e comandante da Guarda Municipal, Jones Cabreira, apoia as reivindicações da população. “O objetivo da Guarda é apoiar essa ação da comunidade. Devemos melhorar a segurança pública com mais investimentos, e estamos buscando isso".

Mães da fronteira

O Movimento “Mães da Fronteira” participou da manifestação representado por familiares de pessoas assassinadas em Campo Grande. É o caso da família e amigos do empresário Erlon Peterson Pereira Bernal, vítima de latrocínio em Campo Grande no ano de 2014.

A prima de Bernal, Roseley Lino, questionou a eficácia da Polícia Militar e demonstrou apoio a causa. “Estamos na passeata pela segurança, para apoiar a reivindicação dos policiais, a segurança está fraca. Se as leis fossem cumpridas e se tivéssemos uma segurança melhor, acredito que isso não teria acontecido com o meu primo. Até quando que isso vai acontecer? Quantas famílias vão ter que estar aqui pras leis serem realmente cumpridas?”.

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