OBRAS PARALISADAS

Educação e Saúde são os setores com maior número de obras paralisadas em Campo Grande

Emei no Jardim Anache está paralisada há 12 anos e é uma das 35 obras inacabadas na cidade que receberam R$ 69,3 milhões de recursos federais para construção; Governo Federal enviou recursos para 71 obras em Campo Grande, 36 estão em execução

Ariane Vilharva, Ingrid Protásio, Mariana Pesquero e Pedro Vieira 4/11/2024 - 15h43
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Mato Grosso do Sul tem 143 obras paralisadas que tiveram R$ 118,2 milhões de recursos federais investidos em 2024. Campo Grande tem o total de 35 entre escolas e postos de Saúde. As demais obras estão nas universidades federais e estadual, ginásio de esporte, mobilidade urbana e turismo.

A  capital recebeu recursos federais para a realização de 71 obras em 2024. A Prefeitura de Campo Grande mantém em execução 36 projetos. As obras fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) coordenado pelo Governo Federal

O economista Eduardo Matos explica que o dinheiro investido nessas obras é desperdiçado. “Em alguns casos é possível cancelar o contrato, não pegar mais recursos e aí não pagar mais. Mas quando são recursos próprios é um dinheiro que está parado e que nunca mais será recuperado”.  

PRIMEIRA NOTÍCIA · Economista Eduardo Matos explica como funciona o processo para retomar obras paralisadas

A Escola Municipal de Educação Infantil (Emei), localizada na Rua Nazira Anache, entre os bairros Jardim Anache e Nova Lima está paralisada há 12 anos. A esteticista Rayane Campeiro é moradora da região e afirma que os moradores do bairro se prejudicam com a situação. “Não estou satisfeita, pois esses recursos poderiam ser usados em outras áreas, como mais educação, mais saúde. A Emei aqui mesmo nunca foi concluída, há mais de 12 anos, quantas crianças necessitaram dessa vaga e ainda necessitam e eles colocaram outras coisas como prioridade”. 

O presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (CAU-MS), João Augusto Albuquerque pontua que as obras paradas são consequência da falta de planejamento do poder público. “O ideal seria que primeiro as licitações fossem bem feitas, o planejamento fosse bem feito, ou seja, você calcular corretamente quanto tempo vai demorar aquela obra, você ter recursos do começo ao fim para que não aconteça isso. Mas é uma questão que cabe ao poder público, não cabe ao CAU”. 

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