Campo Grande registrou 1.545 pessoas em situação de rua, um aumento de 21% em relação a 2017. Homens entre 30 e 59 anos representam o grupo com o maior número de pessoas que vivem em situação de rua, e crianças de 0 a 14 anos representam o segundo maior grupo. O total de moradores em condições de moradia improvisada no estado é de 3.228 pessoas.
O desemprego, o déficit habitacional, a pobreza, a baixa escolaridade e os cortes em programas sociais são as principais causas do aumento da população em situação de rua no estado. A maioria das pessoas em situação de rua com 15 anos ou mais sabe ler e escrever. A taxa de alfabetização entre as mulheres é de 84,7%, superior à dos homens, que é de 82,9%. Campo Grande é a cidade com o maior número de pessoas em situação de rua, em seguida as cidades de Dourados e Três Lagoas.
A superintendente da Proteção Social e Especial da Secretaria Municipal de Assistência Social, Tereza Cristina Miglioli Bauermeister explica que o Centro de Assistência Social para a População em Situação de Rua (Centro POP) oferece serviços para pessoas em situação de rua, como acolhimento, alimentação e acesso a documentos. Tereza Bauermeister enfatiza que a esquipe do Centro POP é composta por assistentes sociais, psicólogos e advogados, que atuam no Plano Individual de Atendimento (PIA). "O Centro POP é uma unidade, um local que promove o acesso do cidadão, que visa espaços de guarda de pertences, alimentação, higiene pessoal e provisão de documentação. Ali eles são recebidos, construído através da nossa equipe social, que é composta por assistentes sociais, psicólogos e advogados. O PIA, o Plano Individual de Atendimento, que daí diante a especificidade da necessidade dessa pessoa, a gente elabora um plano para a saída dele das ruas".