A Secretaria Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) registrou aumento de 10% no número de pessoas desaparecidas em Mato Grosso do Sul. O gênero masculino representa o grupo com o maior índice de pessoas desaparecidas no estado. A capital do estado é a cidade com mais pessoas desaparecidas, seguida pelas cidades de Dourados e Três Lagoas.
Doenças mentais devido ao uso abusivo de álcool e drogas são os principais motivos para os desaparecimentos involuntários notificados. Mato Grosso do Sul tem, em média, 1,4% pessoas desaparecidas por dia. Os familiares são os responsáveis, na maioria das vezes, por acionar órgãos de segurança pública em casos de parentes desaparecidos.
A Lei 13.812/2019 institui a Política Nacional de Pessoas Desaparecidas, e criou o Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas (CNPD). A Lei estabelece que o CNPD registre informações no sistema público de Segurança, para auxiliar na busca e localização de pessoas desaparecidas. A Lei estabelece que o Poder Público crie programas de atendimento psicossocial, para oferecer suporte aos familiares das pessoas desaparecidas.
A psicóloga clínica Simone Cougo afirma que o desaparecimento de um conhecido desencadea no adoecimento mental dos familiares. “O processo de luto pelo desaparecimento é adiado, porque envolve uma esperança de reencontro com a pessoa. Por isso é tão difícil quanto perder alguém de fato”.