O professor da Escola Estadual Maria de Lourdes Toledo Areias, Fabiano Galhardo e a presidente da Associação dos Moradores, Elza da Silva requisitaram à Prefeitura de Campo Grande para implementar o primeiro Ecoponto Itinerante no bairro Universitário. O professor solicitou a criação do Ecoponto Itinerante há um ano para a Agência Municipal de Meio Ambiente e Planejamento Urbano (Planurb). A mobilização resultou na implementação do Ecoponto Itinerante entre os dias 8 e 13 abril, e a Prefeitura em parceria com a Planurb e a Concessionária Solurb Soluções Ambientais coletaram 23.280 quilos de resíduos.
A ação facilitou o descarte adequado de resíduos dos moradores da região. Os moradores descartaram galhos e podas, móveis inutilizados, recicláveis e resíduos de construção civil. O Ecoponto fixo mais próximo da Associação de Moradores do Jardim das Perdizes está no bairro Moreninha, a 6,5 quilômetros da região, o que dificulta o descarte para os moradores.
O professor de Geografia, Fabiano Galhardo desenvolve iniciativas de sustentabilidade há três anos na Escola Estadual Maria de Lourdes Toledo Areias. "Já reutilizamos pneus para coleta seletiva, também ensinamos os alunos a descartarem resíduos, o azul representando o papel, o vermelho plástico, o amarelo metal e o marrom, o orgânico. Tem surgido um efeito muito grande no comportamento dos alunos, eles entenderam. Nós também trabalhamos com a captação de tampinhas do meio ambiente e nós conseguimos arrecadar um pouco mais de 31 quilos de tampinhas".
O professor afirma que na escola surgiu a ideia de implementar o Ecoponto Itinerante. “Na Escola Areias, eu conheci a Letícia, que é neta da dona Elza, presidente da Associação do Jardim das Perdizes. Ela me procurou para saber como que a gente poderia arrecadar com os moradores os resíduos que têm na casa deles. Então nós pensamos já com esse caminho, com portas abertas que eu tenho na Solurb, conhecendo a educadora ambiental Mara Calvis, nós então decidimos criar um Ecoponto Itinerante”.
Galhardo relata que, no ano passado, entrou em contato com "dona" Elza da Silva para solicitar que ela providenciasse a documentação necessária e fizesse o pedido para a Planurb. "Esse processo demorou um pouco, praticamente quase um ano, mas não desistimos, a dona Elza não desistiu. Fomos em frente e providenciamos as documentações para a Prefeitura, para os órgãos responsáveis e para a liberação dos contêineres do local de entrega voluntário que a Solurb disponibiliza".