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Primeiro ecoponto será instalado em Campo Grande

O ecoponto é uma unidade que recebe resíduos como geladeiras, sofás, móveis, que são descartados em terrenos baldios

Cinthia Migueis, Luana Afonso, Tayana Vaz17/02/2017 - 15h39
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A Prefeitura de Campo Grande (PMCG) concedeu a licença ambiental para a concessionária "CG Solurb" iniciar as atividades do primeiro ecoponto da cidade. A autorização ambiental concedida pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur) para implantação da unidade foi publicada no Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) e tem validade de 90 dias. A obra está prevista para começar na segunda quinzena de fevereiro, e deve ser concluída entre 120 a 160 dias.

O ecoponto é uma unidade que irá receber resíduos como geladeiras, sofás, móveis, que são descartados em terrenos baldios, ou nas ruas, e também receberá restos de galhos da poda de árvores e até um metro cúbico de entulho, ou seja, 650 quilos de resíduo seco ou 850 quilos se estiver úmido.

A estrutura terá galpões com caçambas para a distribuição dos diferentes tipos de resíduo, calçamento com lajotas sextavadas, para garantir o acesso aos caminhões da empresa e de quem for levar resíduos de material reciclável. O local tem 3.651 m² e está localizado na Rua Sagarana, no bairro José Pereira

O gerente operacional da Solurb, Bruno Velloso afirma que a concessionária é obrigada a operar o ecoponto, que consiste em receber os resíduos e fazer uma triagem visual do que pode ou não entrar. O gerente explica que “a prefeitura indica a área onde o ecoponto vai ser construído, a concessionária faz o projeto de acordo com a área indicada, a prefeitura licencia esse projeto do ecoponto. Para começar a obra a é preciso fazer a autorização ambiental e a prefeitura fornecer e autorizar a ligação da água e luz do local”.  O secretário Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana, José Marques afirma que a Semadur será responsável por estabelecer medidas preventivas para que não ocorra devastação ambiental durante a instalação da unidade.

Investimento

A Prefeitura de Campo Grande destinará R$ 17,1 mil por mês para a Solurb gerenciar o local, e os funcionários devem fazer a vigilância e o controle de acesso durante 24 horas.  A Solurb vai investir cerca de R$ 800 mil na montagem do ecoponto. Também caberá a concessionária separar todo o material e definir o descarte final. O resíduo reciclável vai para as cooperativas abrigadas na Unidade de Tratamento de Reciclável (UTR) que recebe em média 11 toneladas por dia, resultado da coleta seletiva.

Impacto Ambiental

O engenheiro ambiental e professor da Faculdade de Engenharias, Arquitetura e Urbanismo e Geografia (Faeng) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS),  Ariel Ortiz Gomes explica que “as vantagens de ter um local em pleno funcionamento para receber os resíduos gerados por nós, atendendo os padrões de construção, segurança e saúde são muito maiores que desvantagens, como por exemplo, o aumento do tráfego de veículos e ruídos. Não haverá problemas se for realizada um processo de educação e comunicação ambiental com a população do entorno. Poderá se tornar um problema se não houver planejamento de médio e longo prazo para a manutenção, ampliação e reformas da estrutura e instalações do ecoponto".

O engenheiro afirma que o impacto ambiental do local será o aumento do tráfego de veículos, ruídos, e a fauna como um todo, atração de roedores, insetos ou outros vetores que provocam doenças. “Com certeza esses impactos podem ser devidamente minimizados, ou mesmo resolvidos, por meio da adoção de protocolos contendo orientações como regime de fluxos e  horário de funcionamento, uso de equipamentos de proteção e segurança, além do monitoramento dos impactos".

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