A Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS) registrou um aumento de 60,53% na procura pelo recadastramento do Cadastro Único (CadÚnico) por famílias que perderão o benefício social por desatualização de dados. Cerca de 400 mil pessoas em Campo Grande estão inscritas no Cadastro Único e constituem 140 famílias. O número de recadastros em 2020 atingiu 83,07% e em 2021 esse número caiu para 60,51%, o que representa uma média de 65 mil famílias com o cadastro desatualizado.
A Prefeitura Municipal de Campo Grande lançou a campanha “Não Perca Seu Benefício” para incentivar a utilização do Cadastro Único e realizar a busca ativa às famílias inscritas para a renovação dos dados cadastrados. A campanha percorrerá sete regiões da capital para que a prefeitura faça um mapeamento e amplie as políticas de assistência social. As setes regiões de Campo Grande são o Centro, Segredo, Prosa, Bandeira, Anhanduizinho, Lagoa e Imbirussu.
O Cadastro Único é um sistema criado pelo Governo Federal em 2003 que reúne informações sobre as famílias brasileiras de baixa renda para a implementação de políticas públicas que promovam melhorias na renda mensal. As famílias são incluídas em programas federais como o Bolsa Família, Minha Casa Minha Vida e a Tarifa Social de Energia Elétrica com o registro de informações sobre escolaridade, características do domicílio, renda trabalhista e identificação de cada membro familiar. O funcionamento do Cadastro Único é compartilhado entre o governo, estados, municípios e o Distrito Federal.
A gerente da Central do Cadastro Único de Campo Grande, Viviane Brandão explica que o número de atualização cadastral caiu durante a pandemia de Covid-19 e que as famílias se atentem à perda dos benefícios sociais estabelecidos pelo Governo Federal, caso deixem de realizar a atualização. Ela ressalta que Campo Grande possui cerca de 32 mil famílias beneficiárias do programa Bolsa Família que precisam do cadastramento para participar do Auxílio Brasil, novo programa social que substituirá o Bolsa Família. O programa começará a ser pago no dia 17 de novembro com um benefício médio de R$ 217,00 por família e condições regulamentadas pelo decreto nº 10.852, publicado no dia oito de novembro.
De acordo com a gerente, os cadastros feitos em 2020 desobrigam um novo recadastro em 2021. A atualização deve ser feita a cada dois anos ou quando houver alguma alteração na família. “Conforme a legislação, nós estamos solicitando que a família apresente todos os documentos pessoais originais. O RG, o CPF e a carteira de trabalho. Quem trabalha com carteira assinada deve apresentar um comprovante de renda, uma conta de luz. E, quando houver criança, certidão de nascimento ou de casamento quando houver a união na família”.