Ações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) II, do Governo Federal, preveem maior fluidez no transporte público de Campo Grande. Os projetos de mobilidade urbana estudam a instalação e reforma de terminais de ônibus e construção de viaduto no cruzamento das Avenidas Gury Marques e Olavo Vilela de Andrade, além do recapeamento das principais vias de ligação entre os terminais.
Em ato público no dia 16 de junho, a Prefeitura de Campo Grande e a Caixa Econômica Federal divulgaram a assinatura de dois contratos para a execução de diversas obras na capital. O prefeito Gilmar Olarte do Partido Progressista (PP) anunciou 120 quilômetros de pavimentação em 20 bairros. Dentre estas, o início das obras de asfaltamento e recapeamento em cinco bairros das regiões urbanas Segredo e Imbirussu, Atlântico do Sul, Residencial Belinatti, Vila do Polonês, Mata do Jacinto e recapeamento da avenida Hiroshima.
A prefeitura assinou os contratos de financiamentos com a Caixa Econômica Federal no valor total de R$ 428 milhões para obras de pavimentação (R$ 311 milhões) e de mobilidade urbana (R$ 117 milhões).
Segundo o secretário de Infraestrutura, Transporte e Habitação (SEINTRHA), Semy Ferraz, há pelo menos 11 grandes projetos estruturais de mobilidade urbana. Ferraz relata que o programa de mobilidade urbana foi aprovado pelo Ministério das Cidades em 2011 e prevê uma série de ações para melhorar a fluidez no transporte público da capital.
A engenheira responsável pelo projeto, Sueli Brasil, afirma que a verba da mobilidade urbana será aplicada na construção de quatro novos terminais de transbordo (Parati, Tiradentes, São Francisco e Cafezais), reforma e ampliação do terminal Morenão, construção de 41 novas estações de embarque cobertas, instalação de 500 pontos de ônibus com abrigos, construção de viaduto no cruzamento das Avenidas Gury Marques e Olavo Vilela de Andrade e recapeamento das principais vias de ligação entre os terminais. Além disso, está previsto a construção do primeiro corredor de ônibus: o Sudoeste, com 21 quilômetros de extensão, que ligará os terminais Aero Rancho/Bandeirantes com os altos da Avenida Afonso Pena, nas proximidades do Shopping Campo Grande.
Estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que Campo Grande tem hoje, aproximadamente, 830 mil habitantes. De acordo com Semy Ferraz, a mobilidade urbana é uma dificuldade nas grandes cidades, principalmente aquelas acima de 500 mil habitantes. “O problema se agrava quando o poder público não faz o investimento necessário no transporte público e isso acaba estimulando o aumento de carros”.
O secretário explica que Campo Grande enfrente o problema de velocidade e de frequência baixa de ônibus.“O plano é você estimular as pessoas a deslocarem de forma que gere o menor transtorno”. De acordo com Ferraz a bicicleta estimula a construção de ciclovia, a construção de bicicletários nos terminais e prioriza o transporte coletivo.
A dona de casa Maria Lúcia Miranda aprovou o projeto. “Eu pego ônibus todo dia. Dependo do transporte público pra tudo, mas tem dias que demora, tem dias que vai lotado, fora o tempo que gasta ao parar no sinal”. Para ela, com a construção de corredores para os ônibus irá economizar tempo, além de ter uma maior comodidade com a implantação de outros terminais.