Os registros de crimes contra o patrimônio apresentaram uma diminuição de 29% nos meses de janeiro a março de 2024 em Campo Grande. A diminuição ocorreu devido ao policiamento preventivo e ostensivo da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul e a reestruturação e aparelhamento da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf). A presença das viaturas nas comunidades também é uma medida que reduziu os crimes na capital.
O policiamento comunitário e a instalação do Programa Obtenção de Capacidade Operacional (Ocop) também foram fatores para a redução nos registros de crimes contra o patrimônio. A Polícia Militar implantou o Programa Ocop em julho de 2021 que possibilita o monitoramento em tempo real das viaturas e permite uma resposta mais rápida aos chamados do 190. O policiamento comunitário é uma abordagem em que os policiais interagem com a comunidade local para prevenir o crime.
O Código Penal, Lei n.º 2.848 caracteriza os crimes contra o patrimônio como furto, roubo, extorsão, usurpação, danos a bens alheios, apropriação indébita, estelionato e outras fraudes e receptação. Os maiores índices de redução foram com os crimes de roubo (-32,48%), furto (-24,89%), estelionato (-16,31%) e furto de veículos (-12,57%). O número total de casos diminuiu em 2.438 e representa uma redução de 29,89%.
De acordo com o delegado titular da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos (Derf), Fábio Brandalise a redução nos índices dos crimes de roubos e furtos aconteceu devido ao trabalho ostensivo dos policiais. "Há a presença de policiais motivados e com alto índice vocacional, todos comprometidos em ajudar a sociedade, aliado ao contínuo e necessário investimento e aparelhamento da unidade, sempre em integração com outras unidades da Polícia Civil, Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana". Brandalise também destaca que o aparelhamento da Derf contribuiu para essa diminuição. “Conseguimos monitorar diariamente os registros de delitos na Capital, utilizando a análise criminal como estratégia na repressão aos delitos, sempre demonstrando ao Poder Judiciário a necessidade de manter presos aqueles indivíduos perigosos e contumazes na prática de roubos e furtos”.
O presidente do Conselho Comunitário de Segurança do Parati/Piratininga e região, Irwing Ferreira destaca que o bairro tem policiamento comunitário. "O policial está muito próximo da população, ele está próximo do comerciante. Isso faz com que quem esteja ali tentando fazer alguma coisa de mal, ele começa a ver o policial muito próximo do comerciante, ele fazendo uma parada ali na frente daquele comércio, na frente daquela farmácia e isso eu vejo que espanta realmente a 'bandidagem'".