REVITALIZAÇÃO

Revitalização da Rua 14 de Julho começa no segundo semestre de 2015

Projeto priorizará conforto de quem anda a pé pelo centro de Campo Grande

Jéssika Corrêa e Pedro Centeno14/10/2014 - 16h15
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O projeto de revitalização da Rua 14 de julho, umas das principais vias comerciais de Campo Grande, foi apresentado em reunião realizada na Esplanada Ferroviária no dia 23 de setembro. A Prefeitura Municipal informou que as obras previstas para o segundo semestre de 2015 custarão R$ 130 milhões e serão financiadas pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O projeto tem como objetivo solucionar problemas do trecho da Avenida Fernando Correa da Costa até o fim da 14 de Julho, no Bairro São Francisco, como a superlotação das calçadas e o congestionamento nas faixas de laterais. 

Segundo a coordenadora da Unidade de Programas e Projetos Especiais da Prefeitura, Catiana Sabadin, “as obras iniciais começarão entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Cândido Mariano e privilegiarão quem pretende andar a pé pela 14 de Julho”. No trecho, as cinco faixas, três de rolamento e duas para estacionamento, serão reduzidas. Após a revitalização restarão duas para tráfego de veículos e haverá liberação de espaço para embarque e desembarque de cargas e passageiros. As calçadas serão ampliadas de 3 para 4,2 metros para facilitar a circulação de comerciantes e pedestres.

De acordo com Catiana Sabadin, o projeto priorizará de início a região central. “Por enquanto vamos focar na região entre a Fernando Corrêa da Costa e a Avenida Mato Grosso”. Para quem utiliza o transporte público também haverá mudança. Ônibus não circularão pela via e o destino das linhas será a Rua Ruy Barbosa e a Avenida Calógeras. A prefeitura afirma que o recapeamento da 14 de Julho também está incluso no projeto. Cada quadra terá 22 árvores, haverá a instalação de postes de iluminação e para conter o calor, sombreadores também serão colocados nas calçadas. 

Para um vendedor ambulante, que preferiu não se identificar, mesmo com as mudanças apresentadas será difícil dar espaço a todos os que praticam esse tipo de comércio. “Muitos de nós somos proibidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) de praticar nossas vendas nas calçadas. Os vendedores antigos tem a autorização municipal, mas os como eu, tem de trabalhar escondido e de olho na fiscalização. Acho improvável eles nos ajudarem”.

A copeira Marilene Miranda, 51, costuma comprar no centro porque para ela sai mais barato do que nos shoppings centers. “Eu ainda faço compras no centro porque acho mais em conta, mesmo assim, é muito tumultuado. Acho que não deveria haver mais vagas de estacionamento. Isso facilitaria a vida dos pedestres”. Miranda fala do dia a dia no centro da Capital. “Eu venho sempre de ônibus. Se você está com pressa e vem de ônibus, é um problema. Quem paga estacionamento também passa aperto, porque é muito difícil achar uma vaga e ainda ter que pagar caro por esse serviço”.

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