Tempestade de poeira com fortes ventos e chuvas atingiu Mato Grosso do Sul durante a tarde de sexta-feira, 15 de outubro. O céu escureceu na Capital às 15h00 com nuvens marrons que cobriram a cidade. O temporal causou estragos como quedas de árvores, danos na rede elétrica e naufrágio de um barco com 21 tripulantes no Rio Paraguai, na cidade de Corumbá. Sete pessoas morreram, quatro da mesma família. O fenômeno também aconteceu em regiões de São Paulo e Minas Gerais no final de setembro.
Conforme a MetSul Meteorologia, os ventos chegaram a 94 Km/h e a temperatura caiu de 33ºC para 18ºC durante a tempestade. A prefeitura de Campo Grande informou que mais de 150 árvores caíram por todo o município. A Energisa, empresa que distribui energia elétrica para 74 municípios de Mato Grosso do Sul, informou em nota divulgada no Facebook que recebeu quatro mil ocorrências durante o temporal e foi a situação mais grave registrada em oito anos de atendimento no Estado. O prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes decretou três dias de luto oficial na cidade pela tragédia com a embarcação no Rio Paraguai.
Segundo a meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Maisa de Souza quando a chuva cai, após um longo período de estiagem e temperaturas elevadas, os ventos aceleram e, ao encontrarem o solo quente, seco e com muita areia, forma-se uma nuvem de poeira que é arrastada com a ventania. A probabilidade de um novo episódio de tempestade de poeira é baixa enquanto o solo permanecer molhado das chuvas, com a volta do período de seca pode ocorrer novamente. De acordo com a meteorologista da Metsul Meteorologia, Estael Sias esse fenômeno é chamado mundialmente de habub.