UFMS

UFMS debate mobilidade no campus

Problemas com estacionamento revelam falta de planejamento na Cidade Universitária

Fernanda Palheta e Juliana Barros18/06/2014 - 15h23
Compartilhe:

Os alunos, técnicos e docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) enfrentam problemas de estacionamento no campus. A situação incentivou uma série de debates sobre a falta de planejamento de mobilidade e a criação de uma Comissão na Cidade Universitária.

Em reunião do Conselho Diretor, instância deliberativa da UFMS, foi proposto a construção de um estacionamento no gramado em frente ao Centro de Ciências Humanas e Sociais (CCHS) para solucionar o problema de falta de lugares para estacionar.

A proposta foi recusada pelo Conselho, os coordenadores do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, CCBS, Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, CCET, e do CCHS e representantes discentes foram contra a construção do estacionamento. Com a declinação do projeto, foi criada uma Comissão de Mobilidade dentro da UFMS.

Para a Organização Não Governamental Mobilize Brasil, falar de mobilidade não significa apenas falar de vias e automóveis, a mobilidade urbana também demanda calçadas confortáveis, niveladas, sem buracos e obstáculos. Segundo pesquisa realizada em 2013 pela Associação Nacional dos Transportes Públicos, ANTP, um terço dos deslocamentos realizados nas cidades brasileiras é feita a pé ou em cadeiras de rodas.

Para o acadêmico de Engenharia Civil, Higor Cirilo, “no campus a mobilidade é basicamente não planejada. A gente tem ruas e algumas sinalizações que são colocadas de acordo com a necessidade, mas não há um planejamento de mobilidade urbana dentro do campus. Para ir para a Química, por exemplo, a gente tem que atravessar uma ponte, quem é cadeirante enfrentaria problemas para chegar até lá, só para ilustrar um pequeno problema como é um campus, como também tem problema de mobilidade por falta de planejamento”.

A Comissão fez um levantamento que mostrou que há espaços na universidade que não são bem utilizados, como o estacionamento do estádio Morenão, e o estacionamento que fica atrás da Unidade VI.

O coordenador do CCHS, Geraldo Viscente Martins, explica que além da construção de novos estacionamentos ou reutilização de espaços vazios, é preciso também mudar a cultura das pessoas que querem estacionar seus veículos próximos ao seu lugar de trabalho ou estudo.

O assistente administrativo e membro da Comissão, José Márcio Licerre, conclui que “falta a universidade um plano diretor de crescimento pelos próximos dez e vinte anos. Temos que repensar nisso. Falta um plano melhor de mobilidade, tanto para pedestre quanto para as pessoas que usam bicicletas e motos dentro da universidade”.

Compartilhe:

Deixe seu Comentário

Leia Também