O reajuste no valor da passagem de ônibus em Campo Grande (MS) está em estudo desde o dia 25 de outubro. Foram realizadas reuniões entre o Consórcio Guaicurus, a Agência Municipal de Trânsito e a Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Campo Grande, sem um consenso sobre o valor a ser praticado.
O valor da tarifa é definido por uma série de fatores, entre eles o aumento dos salários dos motoristas, o preço do combustível, o índice acumulado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a variação dos gastos em estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços. A previsão é que chegue a R$ 3, aumento de aproximadamente 10% sobre o atual valor, de R$2,70. É necessário que a Agência Municipal de Regulação aprove o cálculo do aumento para que a Câmara Municipal vote o reajuste.
Durante sessão na Câmara Municipal de Campo Grande, no dia 4 de novembro, o vereador Eduardo Romero questionou o reajuste e afirmou que o contrato entre a prefeitura e a concessionária contém uma série de obrigações e melhorias que ainda não foram cumpridas. A não implantação do georreferenciamento, que permitirá aos usuários acompanhar a aproximação dos ônibus e ficar menos tempo nos pontos, é um exemplo..
O último reajuste foi em 2012, quando a passagem custava R$2,70 e passou a R$2,85. Em 2013, após desoneração de impostos federais e do Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), a passagem voltou a custar R$2,70. Atualmente, a tarifa em Campo Grande é a sétima mais cara do País.
Os usuários do transporte coletivo não estão satisfeitos com a possibilidade de aumento. Para a dona de casa Kellis Oliveira “os reajustes em produtos e serviços são muitos, e nosso salário não acompanha.” A comerciante Patrícia Soares também discorda do aumento. “O transporte não vale o que pagamos. Os bancos são desconfortáveis, com pouca ventilação ou ar condicionado e são atrasados. E o preço é caro.” A dona de casa Lays Marques se disse insatisfeita com o serviço.