Empresas de grande porte do estado de Mato Grosso do Sul entraram com o pedido de Recuperação Judicial em 2015, entre elas estão Suprimac, Bigolin e a rede de farmácias São Bento. O pedido das três empresas foi acatado pelo Tribunal de Justiça, entraram em recuperação e sua dívida somada resulta em aproximadamente R$ 150 milhões. A Recuperação Judicial é um meio que as empresas recorrem para evitar a falência, quando perde a capacidade de negociar suas dívidas.
Segundo a Lei de Falências de Recuperações de Empresas de 2005, a Recuperação Judicial além de fazer com que a empresa se estabilize, busca manter sua produção e geração de emprego, sem esquecer o interesse dos credores em receber. Para o economista e administrador judicial, Fabio Rocha Nimer a maior parte da dívida das empresas é de origem bancária, nos últimos anos o crédito começou a ser liberado com mais facilidade para as empresas. Segundo Nimer, "grande parte do endividamento das empresas é devido ao aumento na disponibilização de crédito bancário, as empresas passaram a ter acesso facilitado a empréstimos, e como veio a crise econômica não conseguiram pagar". Nimer afirma que muitas empresas não conseguem arcar com suas obrigações financeiras pois implantam ações maiores do que as suas possibilidades.
Rede São Bento
Entre os principais processos de empresas em Recuperação Judicial do estado está o Grupo Buainain (Rede São Bento) com cerca de R$ 79 milhões em dívidas. Para Fabio Nimer o principal fator para o endividamento da São Bento está na concorrência. "A São Bento estava estabelecida no comercio local e estava acostumada a dominá-lo. Com a vinda de outros grupos farmacêuticos nos últimos anos o leque de concorrentes se expandiu e o grupo não estava preparado para isso".