O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, no dia 14 de outubro, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) referente ao ano de 2018. O levantamento indica que a média de rendimento por domícilio dos 50% mais pobres de Mato Grosso do Sul foi de R$939 mensais e dos 1% mais ricos foi de R$ 22.188. No levantamento foram somados todas as formas de rendimentos dos integrantes da família.
O representante do IBGE em Campo Grande, Fernando Gallina explica que os lares mais afortunados correspondem a 1% de todos os lares brasileiros. O rendimento dessas famílias foi 23,6% maior que o rendimento das 50% famílias mais pobres do Estado. Entre 2017 e 2018 a renda dos mais pobres aumentou 4,84% e do 1% mais rico 40,77%. "No Brasil, essa disparidade aumentou ao longo dos anos. Em Mato Grosso do Sul, a discrepância foi grostesca entre 2017 e 2018. Mas entre 2012 e 2018, a população mais pobre teve um aumento de 55% na sua renda enquanto a população mais rica teve o aumento em 34% ".
A pesquisa Pnad Contínua foi iniciada em 2012 e registrou a maior taxa de desigualdade na história do Brasil. Os dados informam que 50% das famílias brasileiras sobreviveram com renda média de R$ 820 mensais em 2018. A pesquisa mostra que os lares mais afortunados do Brasil tiveram rendimento mensal de cerca de R$ 27.744. As famílias que receberam até R$ 1.908 mensais gastaram em média 92,6% do salário com alimentação, moradia e transporte. A estimativa de renda média por domícilio foi inferior a quantia verificada em 2014.
De acordo com os estudos do IBGE, o rendimento das famílias mais ricas do Brasil foi 33,8% maior do que o rendimento das famílias que ganharam em média R$ 820 mensais. Os 10% dos domicílios mais ricos concentraram 43,1% dos rendimentos médios mensais e os outros 10% dos domicílios com menores salários deteram 0,8% da renda mensal brasileira. As despesas mensais por família no Brasil foram em média de R$ 4.649,03 em 2018 e a maior taxa se concentrou na região Centro-Oeste, onde as famílias gastaram em torno de R$ 5.762,12 por mês.
Gallina afirma que a renda média nacional per capita dos 50% mais pobres foi de R$ 413 ao mês e para os 1% mais ricos foi de R$ 16.297. Os mais ricos representam 2,1 milhões de pessoas e os 50% mais pobres representam 104 milhões. Os cálculos consideram a renda bruta, sem descontar os impostos e gastos fixos de cada família. A população das regiões Norte e Nordeste possuem menor renda mensal.