A primeira galeria de arte especializada em Certificado de Propriedade Digital em Campo Grande publicou na plataforma Open Sea a exposição "Pantanal", com coleção de pinturas da artista visual Isabella Breu. A exposição é composta por três quadros e representa o Pantanal, que teve grande parte de sua biodiversidade devastada pelas queimadas. A galeria Brazilian's Nfts, curadora da exposição, destina 20% do valor arrecadado para a Organização Não-Governamental (ONG) SOS Pantanal com o objetivo de contribuir com a prevenção de incêndios.
O modelo de certificado de propriedade digital é proveniente da mesma tecnologia que as criptomoedas e utiliza a Blockchain, nos últimos meses ganhou popularidade em Mato Grosso do Sul. De acordo com o especialista em criptomoedas, Tim Balabuch esta nova forma de Token criptográfico tem um valor único e não cambiável, o que cria um produto escasso, que transforma recursos ou obras digitais em algo único por meio da tecnologia Blockchain.
O cofundador e diretor da Brazilian's NFTs, João Victor Vasques aponta que a digitalização de obras de arte pode contribuir para impulsionar o mercado artístico brasileiro e democratizar o acesso à cultura. "A empresa tem o propósito de inserir artistas nacionais no mercado de criptomoedas. E integrar a obra física com o digital".
De acordo com Tim Balabuch, nos NFTs tudo é escrito em código-fonte e de forma descentralizada. "Não existe um órgão superior responsável por isso. Essa característica traz mais segurança, já que não dá para falsificar e copiar". Segundo dados do NonFungible.com, este mercado movimentou US$ 2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, montante mais de 20 vezes superior ao observado nos três meses anteriores e 131 vezes maior que todo o dinheiro movimentado entre janeiro e março de 2020.