Vitrine da loja infantil Maria e Lucas - (Foto: Isadora Prado)A receita do comércio de Campo Grande para o “Dia das Crianças” aumentou pelo terceiro ano consecutivo. O faturamento total do setor neste ano foi 26% maior que o do ano passado, e 115% maior que o de 2021. O maior volume de vendas ocorreram no mercado de brinquedos e vestuário.
O consumidor local manteve o comportamento de compra dos anos anteriores e investiu mais nos presentes do que na realização de comemorações. A média do valor gasto em presentes aumentou em 4% e o valor arrecadado em itens festivos diminuiu 7,5%, em relação aos valores relativos ao ano passado. O campo-grandense gastou em média R$ 191,70 em presentes e R$ 137,11 na realização de festividades durante a data.
De acordo com a pesquisa Intenções de Compras e Comemorações dos Residentes em Campo Grande MS, realizada pelo Instituto de Pesquisa Fecomércio MS (IPFMS), em parceria com o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a movimentação financeira prevista era de R$ 93.794.963,00. O gerente regional de vendas da Pirlimpimpim Brinquedos, Jean Carlos Ribeiro afirma que a rede de lojas atingiu o faturamento esperado para o Dia das Crianças. “Falando especificamente do mês de outubro, [as vendas] superam os valores vendidos em outubro de 2022. Nos preparamos desde o começo do ano para nesse momento ter uma grande variedade de produtos. Inclusive, nessa época do ano, nós contratamos pessoas para somar o nosso quadro de colaboradores para atender toda a demanda”.
Segundo a pesquisa da Fecomércio em parceria com o Sebrae, 67,45% dos participantes consultados em Campo Grande pretendiam comprar presentes para uma criança na data. O economista Eduardo Matos afirma que as vendas do Dia das Crianças são mais expressivas por essa data comemorativa acontecer na primeira quinzena do mês, período em que os consumidores normalmente recebem os seus salários. “[O Dia das Crianças] tem uma importância significativa para o comércio varejista local, possui um poder em agregar no faturamento das empresas, principalmente no comércio de brinquedos e vestuário. Ele possui uma grande relevância, ainda mais por estar próximo do início do mês, então é comum que as pessoas tenham dinheiro no bolso para gastar nesse feriado”.
O gerente da Pirlimpimpim Brinquedos, Jean Carlos Ribeiro afirma que seus clientes têm preferência em realizar compras na loja física, mesmo com a disponibilidade do e-commerce. “Em alguns casos, o cliente tem a experiência de comprar pela internet, mas ainda prefere comprar em loja, porque gosta de manusear o produto, gosta de ver a sensação da criança escolher, tirar foto nas lojas.” Ribeiro relata que os consumidores “têm procurado preços com um ticket médio um pouco mais baixo. E, ao perceber isso, nós nos preparamos para isso também. Então, em nossa rede, nós temos produtos de R$2,90 até produtos de R$6 mil”. A consultora da loja de vestuário e acessórios infantis Mimaêh, Thayna da Silva Arantes explica que "prioriza a qualidade no atendimento" para conquistar a fidelidade dos consumidores do e-commerce.
