Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 266,88% no número de vendas do comércio eletrônico em 2023. O e-commerce movimentou R$ 303 milhões em 2022, o valor aumentou para R$ 1,1 bilhão em 2023. A maior parte das vendas foi destinada para o próprio estado, com 93,6%.
Os fertilizantes minerais ou químicos, que contém nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), foram os produtos mais vendidos e totalizaram R$ 167 milhões em vendas. Os irrigadores e sistemas de irrigação para agricultura aparecem em segundo lugar na lista, com R$ 104 milhões, e a venda de cloreto de potássio ocupa a terceira posição, com R$ 72 milhões em vendas. A comercialização de soja e de herbicidas também impulsionou o comércio eletrônico estadual.
A gestora de marketing Nathalia Gamon trabalha com vendas de produtos agropecuários em e-commerce por meio da página da empresa na Internet e utiliza o Whatsapp para atender os clientes. Ela afirma que a empresa existe desde 1986 e iniciou o comércio eletrônico em 2022. "Hoje utilizamos a plataforma Vtex para concluir as vendas e no site os produtos mais vendidos são a linha de medicamentos veterinários. O faturamento médio da empresa chegou a R$ 1,5 milhão no ano".
O economista Eugênio Pavão afirma que a pandemia de Covid-19 foi um “acelerador para o desenvolvimento do comércio eletrônico” e “estimulou o surgimento de novas modalidades de comercialização”. Pavão acrescenta que o e-commerce deve servir como um complemento para o comércio tradicional. “As lojas físicas têm a vantagem do cliente olhar e experimentar antes de comprar, mas tem desvantagens com os custos de aluguel, funcionários e tributação. A virtual tem redução de custos, mas nem todo mundo tem acesso à internet, seja por questão de renda ou por não se adaptar ao mundo virtual”.