COMÉRCIO ELETRÔNICO

Mato Grosso do Sul tem crescimento de 266,68% no comércio eletrônico em 2023

Estado contabilizou o valor total bruto de vendas de R$ 1,1 bilhão no ano e os fertilizantes minerais ou químicos foram os produtos mais vendidos, seguidos de sistemas de irrigação para agricultura e cloreto de potássio

Giovanna Fernandes, João Vitor Marques, Livía Medina e Keyla Santos22/09/2024 - 01h41
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Mato Grosso do Sul registrou um crescimento de 266,88% no número de vendas do comércio eletrônico em 2023. O e-commerce movimentou R$ 303 milhões em 2022,  o valor aumentou para R$ 1,1 bilhão em 2023. A maior parte das vendas foi destinada para o próprio estado, com 93,6%.

Os fertilizantes minerais ou químicos, que contém nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), foram os produtos mais vendidos e totalizaram R$ 167 milhões em vendas. Os irrigadores e sistemas de irrigação para agricultura aparecem em segundo lugar na lista, com R$ 104 milhões, e a venda de cloreto de potássio ocupa a terceira posição, com R$ 72 milhões em vendas. A comercialização de soja e de herbicidas também impulsionou o comércio eletrônico estadual.

A gestora de marketing Nathalia Gamon trabalha com vendas de produtos agropecuários em e-commerce por meio da página da empresa na Internet e utiliza o Whatsapp para atender os clientes. Ela afirma que a empresa existe desde 1986 e iniciou o comércio eletrônico em 2022. "Hoje utilizamos a plataforma Vtex para concluir as vendas e no site os produtos mais vendidos são a linha de medicamentos veterinários. O faturamento médio da empresa chegou a R$ 1,5 milhão no ano".

O economista Eugênio Pavão afirma que a pandemia de Covid-19 foi um “acelerador para o desenvolvimento do comércio eletrônico” e “estimulou o surgimento de novas modalidades de comercialização”. Pavão acrescenta que o e-commerce deve servir como um complemento para o comércio tradicional. “As lojas físicas têm a vantagem do cliente olhar e experimentar antes de comprar, mas tem desvantagens com os custos de aluguel, funcionários e tributação. A virtual tem redução de custos, mas nem todo mundo tem acesso à internet, seja por questão de renda ou por não se adaptar ao mundo virtual”.

A empresária Mariana Rocha trabalha com varejo e aluguel de roupas e acessórios, e migrou do comércio físico para o eletrônico em 2021. Mariana Rocha afirma que a modalidade requer criatividade e disciplina dos empresários. “No online não podemos trabalhar só quando dá e do jeito que dá, tem que ter uma meta, um planejamento, porque é preciso ser visto para ser lembrado”.

PRIMEIRA NOTÍCIA · Mariana Rocha - Empresária do comércio eletrônico

A professora Neuza Bispo realiza compras pelo comércio eletrônico devido à facilidade, os preços acessíveis e à diversidade de produtos. “Três coisas me influenciam mais para comprar nas lojas online, a comodidade, a diversidade de produtos e os preços que são convidativos”. Neuza Bispo comenta que embora a praticidade das lojas do comércio eletrônico seja vantajosa, é importante receber os itens com qualidade. “A preocupação é que os produtos tenham realmente qualidade e que não seja golpe, A gente comprar uma coisa e não receber é difícil”.

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