ECONOMIA

Comercio em Campo Grande teve pior resultado dos últimos quatro anos

Indices de transação da ACICG em janeiro atingiram 74 pontos, enquanto o esperado para o mês era 100 pontos

Erika Rodrigues e Gisllane Leite18/02/2016 - 19h48
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O boletim do Movimento Comércio Varejista (MCV) da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG), divulgou  no último dia 11 o índice de transação entre os consumidores, pessoa física, e o comércio que atingiu 74 pontos. O valor  esperado para o mês de janeiro era de 100 pontos. No mês de janeiro de 2015  foram registrados 92 pontos, 100 pontos em 2014 e 110 pontos  em 2013.

O MCV/ACICG é um índice que engloba as transações realizadas entre empresas e também entre consumidores e o comércio. Este índice foi desenvolvido com base fixa definida pela média do desempenho do ano de 2014. Ele  é composto de dois indicadores, o MCV-PF analisa as transações entre Pessoas Físicas e as empresas do setor terciário e o MCV-PJ que avalia as transações entre as empresas.

O setor de serviços foi afetado pela queda da atividade comercial. Segundo pesquisa divulgada, no dia 17, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços prestados em Mato Grosso do Sul, em dezembro de 2015 em comparação com dezembro de 2014, caiu 7%. A redução da demanda do setor no Estado é superior à média nacional, que ficou em 5%.

O economista Sérgio Bastos fala que as expectativas não são muito positivas para os próximos meses e que a venda de bens supérfluos é mais afetada neste período de crise. "Nos períodos de crise o consumo está em queda, então as pessoas passam a ser mais seletivas em seus gastos, comprando o que é essencial. Nesse sentido, aqueles empreendimentos que trabalham com produtos que não são de primeira necessidade podem sofrer mais". Ele fala sobre estratégias que devem ser adotadas pelos comerciantes em períodos de quedas de faturamento.

A comerciante Monaliza Drews ressalta que atingiu a meta. "No mês de janeiro alcançamos a meta mínima, a meta base. Dizem que em janeiro o movimento cai, mas não senti diferença, pois trabalhamos muitas promoções e fizemos um trabalho diferenciado para o cliente para que a gente não sentisse esta queda."

O servidor público José Tadeu Amorim disse que janeiro é o mês que possui mais despesas, por isso consome menos. "É o mês que todo mundo pensa antes de gastar. E tem as festas de fim de ano, você começa gastando desde o Natal e em janeiro tem IPTU, IPVA, matrículas. Então, tento frear minhas despesas."

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