EMPRESA JÚNIOR

Empresas Juniores de Mato Grosso do Sul faturam mais de R$24.000,00 com projetos

As empresas juniores cobram até 40% do preço de um serviço em comparação à uma empresa sênior

Gustavo Zampieri, Larissa Ivama e Sarah Santos30/10/2017 - 17h53
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As empresas juniores de Mato Grosso do Sul arrecadaram, até o mês de outubro deste ano, R$24.000,00 em 33 projetos desenvolvidos. O estado tem mais de 30 empresas concentradas na área de engenharia, agrárias, administração e direito, que promovem o atendimento a micro e pequenos empreendimentos e são constituídas por estudantes dos cursos de graduação. O maior índice de arrecadação foi registrado nas empresas juniores da área de engenharia.

No estado, as empresas juniores são representadas pela Federação de Empresas Juniores de Mato Grosso do Sul (FEJEMS). A federação foi criada em 2014 e tem a função de incentivar e regulamentar as empresas. De acordo com a presidente executiva da FEJEMS, Yhasmin Lisboa são oito municípios que possuem este tipo de empresa nas universidades. Ela também destaca que o  Movimento Empresa Júnior se constitui de micro revoluções produzidas por pessoas individualmente, impactam a economia local e transformam a realidade de empresas.

A Empresa Júnior é uma associação sem fins lucrativos e com fins educacionais, formada exclusivamente por alunos de ensino superior e técnico. Em 2016, no Brasil, eram mais de 510 empresas juniores em funcionamento, reunindo mais de 16 mil universitários, dado que representa um aumento de 45% em relação à 2015. 

A presidente executiva da empresa júnior de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Leticia Oshiro destaca que os serviços prestados na empresa em que atua “a Verus, no caso, é formada por acadêmicos de direito que prestam o mesmo serviço que uma empresa sênior, só que trabalha com assistência dos professores e, como não somos formados, cobramos um preço mais barato”. Uma empresa júnior cobra até 40% do preço de um serviço em comparação à uma empresa sênior. Conhecer a futura carreira na prática é também uma vantagem de participar de uma empresa júnior.

As universidades podem contribuir para o desenvolvimento de empresas juniores com a disponibilização de salas, equipamentos utilizados no curso de graduação, professores capacitados para ajudarem os estudantes. Na UFMS, a Agência de Desenvolvimento, Inovação e Relações Internacionais (AGINOVA) presta atendimento para as empresas da universidade. O chefe da incubadora de empreendedorismo da Agência, Danilo Vegini explica que há uma demanda dessa nova modalidade na Universidade. “Dentro do contexto universitário, a UFMS tinha foco apenas em pesquisa. Agora, também temos foco em empreendedorismo e inovação”.

Em 2016 foi sancionada a Lei das Empresas Juniores que regulamenta a criação e organização das empresas juniores. A legislação define questões como a destinação de todo o lucro para a própria empresa, realização de projetos com os conteúdos dos cursos de graduação, inexistência de vínculos políticos ou partidários e supervisão das atividades por um professor orientador.

A maioria dos funcionários tem de 18 a 25 anos e dentro da instituição podem construir a própria carreira, de trainee a presidência, durante a graduação. Os clientes de uma empresa júnior, predominantemente, são pequenos e microempreendedores que não possuem capital suficiente para pagar um serviço sênior. O dinheiro arrecadado pelas empresas juniores é revertido para a capacitação dos próprios estudantes e manutenção na infraestrutura, as melhorias serão mantidas pelas próximas gestões. 

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