O Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande (Prodes) aprovou 35 projetos em 2018, o que representa 24 projetos a menos que o ano passado, em que foram aprovados 59 projetos, segundo dados da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia (Sedesc), responsável pela administração do Prodes. O objetivo da Lei Municipal 29/1999, que criou o Programa, é promover o desenvolvimento econômico, social, turístico, cultural e tecnológico do município pelos incentivos à instalação de empresas industriais, comerciais ou de prestação de serviços.
Segundo dados do Prodes, em 2017, a instalação de indústrias gerou 2.793 empregos diretos pela contratação de funcionários das empresas que receberam os incentivos econômicos. Neste ano houve redução de 29% em relação ao ano anterior, com a geração de 812 empregos diretos até o mês de novembro.
O secretário de Desenvolvimento Econômico e de Ciência e Tecnologia, Abrahão Malulei Neto afirma que o potencial de crescimento e o plano de negócios são os pontos principais no critério de avaliação das empresas que procuram os benefícios fiscais da capital. “Todas as empresas que geram emprego e renda para o município têm direito à esse benefício. Mas a avaliação têm que ser criteriosa e o benefício compatível com o negócio. A gente acompanha empresas daqui que estão querendo expandir, dentro dessa expansão, a gente avalia a viabilidade técnica e econômica para ceder o benefício”.
O presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon), Thales Campos afirma que crescimento e desenvolvimento econômico são conceitos diferentes. Para ele, o crescimento refere-se ao embasamento quantitativo e o desenvolvimento a dados qualitativos que envolvem estrutura e qualidade de vida da população. “Para captar empreendedores que queiram investir na cidade o organismo municipal têm que estar muito bem organizado ao avaliar corretamente os projetos que serão aprovados. Um dos principais motivos do Prodes é a geração de empregos. Ele é importante, desde que seja muito bem avaliado os projetos, monitorados e fiscalizados, para que os prazos de implantação e desenvolvimento sejam cumpridos”.
Segundo Campos, o Plano Diretor de Campo Grande é fundamental para o desenvolvimento econômico nas sete regiões da capital. O Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Ambiental de Campo Grande para os próximos 30 anos foi aprovado no dia primeiro de novembro e terá revisão a cada dez anos. O presidente da Comissão de Indústria, Comércio, Agropecuária e Turismo da Câmara, vereador João César Mattogrosso afirma que a política de incentivo está diretamente ligada ao progresso do município. “O fortalecimento desses negócios é vital para que a economia gire, os índices de desemprego diminuam e o segundo setor consiga atravessar o cenário de crise que assolou o nosso país nos últimos anos”.