O Censo Agropecuário do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que indicam aumento de 862% de área plantada em Mato Grosso do Sul em um período de 11 anos. O estado possuia 121 mil hectares de área plantada em 2006, e 1,11 milhão de hectares em 2017. Segundo dados do Censo Agropecuário, 82% das áreas com florestas no estado são naturais, destinadas a preservação, e 14% são plantadas.
A cultura de eucalipto foi responsável pelo crescimento das áreas plantadas em Mato Grosso do Sul e movimentar a economia do estado. Segundo dados do IBGE, R$ 1,1 milhão foram movimentados entre os municípios de Três Lagoas, Santa Rita do Pardo e Água Clara, os que mais arrecadaram, com R$ 319 mil reais, R$ 156,3 mil e R$ 273 mil, respectivamente.
O consultor técnico de silvicultura da Federação de Agricultura e Pecuária Mato Grosso do Sul (Famasul), Clóvis Tolentino explica que o plano estadual de florestas do governo é um dos fatores para o aumento das áreas plantadas em Mato Grosso do Sul. "É bom lembrar que o Governo do Estado em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) desenvolveu em 2007 um planejamento de florestas e plantas, que estudou as condições de solo, clima, relevo, disponibildade de recursos hídricos e mão de obra para que empresas florestais vissem o estado como um local de oportunidade para plantações. Com isso, indústrias de celulose, que trabalham com eucalipto, começaram a investir aqui".
Tolentino ressalta que a silvicultura é importante para gerar empregos nos municípios de Mato Grosso do Sul. "Em Três Lagoas tivemos uma situação bem característica. Nesses últimos anos de crescimento da silvicultura no estado, esse município praticamente dobrou a quantidade da população, ou seja, mais mão de obra, e isso favoreceu o investimento de micro e pequenas empresas nessa região. Tudo isso vem agregado com a expansão das atividade da silvicultura. É um ganho coletivo dos moradores da cidade".