A taxa de desemprego em Mato Grosso do Sul é de 6,1% no primeiro trimestre de 2015, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. A região Centro-Oeste mostrou um nível de desocupação elevado em relação ao ano anterior, e o estado tem a terceira taxa mais alta da região. O setor terciário, serviços e comércio, que é mais prejudicado com os cortes orçamentais e juros altos.
De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, Caged, o saldo da movimentação de empregos no estado fechou negativo em 2014, o que reflete no aumento atual do desemprego. A construção civil, a indústria e a agropecuária foram as atividades em Mato Grosso do Sul mais afetadas com os reajustes governamentais.
Segunda a economista Regiane de Oliveira, a crise afeta diretamente no modo de compra do consumidor. Eles gastam menos porque a renda está limitada e fica comprometida, e isso faz com que o poder de compra diminua. “Hoje nós temos saldo positivo ainda no comércio e serviços. Esperamos que isso se mantenha e a gente consiga passar essa onda de crise”.
O gerente de varejo, Fábio Souza observou um baixo consumo no início deste ano. Para ele, a qualidade de atendimento ao cliente é um diferencial no momento de crise e de seleção de compras. “A crise tem dois lados: ou ela vai te fortalecer muito no final, ou você vai sair dali bem prejudicado”.
A professora doutora em Ciências Econômicas da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Mayra Bittencourt diz que o cenário econômico atual possui três variáveis interligadas, que são o desemprego, consumo e produção.