TRABALHO

Diferença salarial entre homens e mulheres em Mato Grosso do Sul é superior à média nacional

Mulher tem que trabalhar três horas a mais para ganhar o mesmo valor

Hélio Lima e Guilherme Pimentel26/05/2015 - 12h29
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Campanha "Trabalho Igual, Salário Igual" pede por igualdade entre homens e mulheres ( Foto: Hélio Lima)

Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Continuada (PNAD), divulgada no início de maio, indicam que a diferença salarial entre homens e mulheres em Mato Grosso do Sul é de 40,51 %, número superior à média nacional que é de 31,3 %. De acordo com os números da pesquisa, enquanto o homem ganha 98 reais por oito horas trabalhadas  a mulher recebe 70 reais pelo mesmo período.

Para combater a disparidade salarial entre homens e mulheres foi lançada a campanha "Trabalho Igual, Salário Igual" na Ordem dos Advogados do Brasil, de Mato Grosso do Sul (OAB/MS),  A campanha pede por igualdade de condições no mercado de trabalho é organizada pela Business Professional and the Woman (BPW) Brasil, organização presente em mais de 100 países e que no Brasil está representada em 22 estados.

As principal proposta da BPW é incentivar a independência pessoal, profissional e financeira da mulher. Para a coordenadora do programa em Campo Grande, Eliane Toniasso, os principais propósitos da campanha consistem em estimular a inserção, combater a disparidade salarial e ressaltar a importância da autonomia financeira.

De acordo com os dados do Cadastro Geral do Desemprego (Caged) entre 2003 e o início de 2015, a disparidade no salário inicial, há 12 anos, era de 6,85%. Em março deste ano a diferença chegou a 14,6%, aumento de 109,6% em 12 anos.

O secretário geral da OAB/MS, Lázaro José Júnior destacou os problemas judiciais causados pela não igualdade das condições de trabalho entre homens e mulheres.

Relações de trabalho feminino e assédio moral

A Organização Internacional do Trabalho (OIT)  caracteriza o assédio moral pela exposição dos trabalhadores a situações humilhantes e constrangedoras. Ele também é conhecido como “terror psicológico” e é sinônimo de violência moral, psicológica e pessoal no ambiente de trabalho.

Segundo a empresária Lenir Fernandes, a situação da mulher no mercado de trabalho melhorou nos últimos 20 anos.

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