ECONOMIA

Comércio pelo Facebook atrai lojas de Campo Grande

Lojas campo-grandenses fecham as portas e investem em vendas pelo facebook

Jade Amorim e Erika Espíndola 1/07/2014 - 10h42
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As redes sociais têm sido opção para o comércio e divulgação de produtos pela Internet. De acordo com dados divulgados este ano pela empresa de e-commerce nacional, a E-bit, 51,3 milhões de pessoas utilizaram a web pelo menos uma vez para adquirir algum produto e em 2013, 9,1 milhões de pessoas compraram online pela primeira vez. Ainda segundo essa pesquisa, o f-commerce, o comércio via Facebook está mais forte.

O setor líder de vendas no balanço apresentado pela E-bit, o WebShoppers, é “moda & acessórios”, e este quadro de crescimento atrai lojas para o Facebook que, de acordo com a professora  de Mercadologia do curso de Administração da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul,  UFMS, Thelma Lucchese, é uma ferramenta para segmentação de mercado. “Você pode comunicar para o nicho certo, na hora certa e linkando o grupo certo”.

A sócia proprietária da marca Maria Di Q?, Graziela Gomes, acredita que a desvalorização das pessoas em relação às marcas de Campo Grande é uma dificuldade para todos os estilistas em início de carreira.

A marca criada pelas irmãs Maria das Dores Gomes Silva e Maria José Gomes Silva em setembro de 2008, começou com divulgação e agendamento de visitas por meio da internet, com a inauguração da loja física apenas dois anos depois. Graziela Gomes, ao assumir a marca com a prima Mariana Gomes de Souza, decidiu fazer uma pesquisa para identificar qual seria o melhor lugar para se instalarem. “Descobrimos que muitas de nossas clientes preferiam ser atendidas no conforto de suas casas, notamos também que a concorrência está cada vez mais disposta a fazer essas visitas e essa prática tem gerado ao consumidor uma variedade de escolhas, então, para suprir as necessidades de nossas clientes achamos que a melhor alternativa para o nosso negócio seria a moda ambulante e resolvemos voltar a atender como as criadoras da Maria Di Q”. 

Segundo Graziela Gomes, a escolha pelo Facebook veio pela facilidade, maior alcance e impessoalidade com o cliente. Ela ressalva que uma representante da marca está em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. Neste ano a representante da marca também esteve em Corumbá e Dourados, e a expectativa é viajar para muitos lugares do Brasil.

Os agendamentos de visitas funcionam por meio de telefonemas ou mensagens inbox na página do Facebook. Graziela Gomes afirma que graças a essa mudança de estratégia houve um crescimento de cerca de 20% nas vendas. Os produtos comercializados pelo F-commerce são enviados via correios, a Maria Di Q? busca a interação que a venda física tem e, por isso, procura ir até onde suas clientes estão. 

Em Campo Grande, muitas Start-Ups, modelo de negócios que funcionam em condições de extrema incerteza, se desenvolvem por meio do F-commerce. Para a professora Thelma Lucchese, o Facebook apresenta "uma forma de pensar mais enxuta e bem menos engessada do que aqueles que só funcionam através de um plano de negócio".

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