MATERIAL ESCOLAR

Preço de material escolar varia até 1505% em Campo Grande

A pesquisa do Procon/MS avaliou 228 intens de oito estabelecimentos da Capital, comparado ao ano passado o preço do material escolar aumentou 20%

Camila Fernandes e Layane Karrú28/01/2016 - 12h19
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Pesquisa realizada pela Superintendência para Orientação e Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Procon/MS) aponta uma variação de até 1505.53% no preço do material escolar em Campo Grande. Segundo os dados, houve um aumento de 4,92% nos preços entre os meses de novembro de 2015 e janeiro de 2016.  A pesquisa avaliou 228 itens de oito estabelecimentos da Capital e foi divulgada no dia 19 de janeiro de 2016.

Conforme o levantamento, os itens que tiveram a maior variação foram folhas de EVA adesivas, papel de presente, borracha, cola bastão, caneta esferográfica, entre outros. Minidicionário escolar encontrado em um estabelecimento por R$48, em outro custa R$2,99. O item com menor variação na pesquisa foi o apontador simples, com o percentual de -0,88%.

De acordo com a superintendente do Procon/MS, Rosimeire Cecília da Costa, o objetivo da pesquisa é esclarecer o consumidor. “A pesquisa é de utilidade pública e recomenda-se que cada um faça suas compras de acordo com o seu orçamento”.

Listas x pais

A coordenadora pedagógica de Ensino Fundamental I, Sonia Maria Gonçalves, orienta que os pais fiquem atentos às listas com itens em excesso ou considerados supérfluos. “Recomenda-se que os pais comprem somente o que de fato o aluno irá precisar, como caderno, lápis, borracha, caneta e, no caso das crianças, lápis de cor, cola, régua”.

A coordenadora recomenda que os pais fiquem atentos para os itens de higiene pessoal e materiais de escritório pedidos em algumas listas. “Esses itens não fazem parte do material escolar e são proibidos pelo Código de Defesa do Consumidor, por isso é importante estarem vigilantes”.

O coronel da reserva Luiz Sambrana recebeu a lista de materiais da filha de 14 anos e percebeu o aumento. “Quando fomos procurar os itens da lista pude ver que estão mais caros que o ano passado, às vezes, a gente acaba comprando o que o adolescente quer. Outros itens como caneta e estojo, penso que podem ser reaproveitados do ano letivo anterior".

O engenheiro civil Paulo Domingos explica a diferença da lista da filha que irá fazer o primeiro ano do Ensino Médio para a do filho que está no Ensino Fundamental. "No Ensino Médio os pedidos da lista são mais restritos, o sistema é apostilado e isso ajuda um pouco, mas em comparação com meu outro filho que está no Ensino Fundamental as listas são bem maiores. Creio que esse ano foram enxugadas um pouco, mas nós não sabemos até que ponto eles usam tudo o que é pedido".

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