A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada em fevereiro, com dados referentes ao quarto trimestre de 2017 aponta que Mato Grosso do Sul iniciou o ano de 2018 com o segundo menor índice de desocupação do país. A taxa no Centro-Oeste é de 9,4%, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso tem o menor percentual da região, com 7,3%. A média nacional é de 12,2%.
Segundo o economista Sérgio Torres, é natural que o estado esteja entre os que menos demitiram e também entre os que menos contrataram. O motivo explicado pelo economista é que Mato Grosso do Sul se configura como um estado de agricultura e agropecuária, de produção de grãos e carne, emprega menos que estados focados na indústria.A taxa contrasta com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), que indica que Mato Grosso do Sul passou sete meses com saldo negativo de postos de trabalho. Segundo o assessor de imprensa da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), Waldemar Hozano, de janeiro a dezembro de 2017, foram 236.181 admissões no estado e 241.055 demissões. Isso caracteriza 4.874 demissões a mais do que o número de contratações. "Apesar do número de demissões, os percentuais mantém Mato Grosso do Sul entre os quatro menores índices do país".
Torres explica que os indicadores são influenciados pela geração de emprego. De acordo com ele, falta qualificação de mão de obra no estado, o que é exigido pelo setor que mais contrata.
O diretor-presidente da Fundação Social do Trabalho (Funsat), Cleiton Freitas Franco explica que a Funsat é uma agência municipal de empregos. A fundação divulga as vagas disponíveis na página do Ministério do Trabalho, realiza cadastro para as pessoas a procura de um trabalho e as encaminha para entrevistas de emprego. De acordo com ele, as pessoas têm procurado trabalho, independente da vaga oferecida e da área que trabalhavam antes. "Hoje a área mais ofertada é operador de telemarketing, cerca de 200 vagas por dia. Mas hoje as pessoas não estão buscando uma coisa única, elas querem emprego, o que aparecer". Segundo Franco, a média de pedidos de seguro-desemprego se mantém entre 100 e 130 por dia e a procura por vagas e pela emissão de carteiras de trabalho aumentou.