Mato Grosso do Sul tem média salarial abaixo da média nacional em 2024. Os trabalhadores no estado recebem remuneração 15,6% abaixo, comparado com profissionais em outros estados.A remuneração para trabalhadores formais no país teve um aumento de 3,6% no último ano, e passou de R$ 3.390,58 para R$ 3.514,24.
O setor de serviços tem o maior número de empregados informais no estado neste ano. A informalidade no setor provoca um salário menor e diminui o poder de compra. A baixa qualificação profissional no setor impede que os trabalhadores sejam contratados para funções com melhor remuneração.
Dados da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) indicam que o salário médio de Mato Grosso do Sul aumentou 5,90%. A remuneração passou de R$ 2.869,56 em 2022 para R$ 3.039,51 em 2023. A diferença é de R$ 1.518 em relação ao Distrito Federal, que ocupa a primeira posição com valor de R$ 4.557,51.
A diretora-presidente da Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul (Funtrab), Marina Dobashi afirma que a geração de emprego no estado apresenta alta demanda por qualificação e poucas pessoas estão qualificadas. “Muitas vagas são oferecidas e a gente não tem encontrado procura. Quando a gente abre oportunidade de trabalho numa feira de empregabilidade, recebemos 30%, 40% de procura pelas vagas oportunizadas”.
O professor do curso de Ciências Econômicas da Escola de Administração e Negócios da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Odirlei Fernando Dal Moro aponta que setores de serviços geralmente apresentam baixo nível de produtividade e maior nível de informalidade. “Normalmente a informalidade leva a um ganho menor, comparado à formalização dos trabalhos. A formalização exige maior qualificação profissional e melhor remuneração”.