A gasolina comum nos postos de combustível em Campo Grande teve aumento de, aproximadamente, 8% nos últimos dois meses. Os dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em janeiro deste ano, revelaram que a gasolina é vendida a 30 centavos a mais em relação ao valor constatado na pesquisa anterior, realizada em novembro de 2016, que tinha um custo de até R$ 3,39. O aumento teve consequências nos setores da economia estadual.
A vendedora de roupa Aline Andrade faz atendimento domiciliar e afirma que "alguns clientes moram muito longe e nem sempre compram os produtos. O aumento do valor da gasolina fez com que eu passasse a ter mais gastos com a locomoção, tanto que tem algumas clientes que eu ando preferindo ir de ônibus fazer as visitas".
O empresário Leandro Almeida, 33 anos, é dono de uma transportadora e explica que, com o aumento do valor do combustível, o custo operacional sobe e, consequentemente, o produto comercializado precisa ter seu valor reajustado. "Muitos pequenos empresários não suportaram esses aumentos".
De acordo com o diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis, Lubrificantes e Lojas de Conveniência de Mato Grosso do Sul (Sinpetro), Edson Lazarotto "o aumento é consequência da nova política do governo Temer (PMDB), que optou por não interferir nas decisões tomadas pela cúpula da Petrobrás, que decide o aumenta ou a redução do valor do combustível de acordo com as variáveis econômicas". Na última vez que a diretoria da Petrobrás se reuniu, no dia cinco de janeiro, decidiu pelo aumento do óleo diesel e a manutenção do preço da gasolina.