Principais redes de hortifrúti em Campo Grande registraram variação no preço de 73 produtos analisados. Itens com a mesma característica são encontrados com valores distintos em 18 estabelecimentos da capital. Preços de frutas, legumes e verduras tiveram aumento de 57%, na média, entre o período de junho e outubro de 2021.
A diferença de preço entre os produtos hortifrutigranjeiros foi registrada em estabelecimentos do município, dos 102 itens analisados em junho, 97 ficaram mais caros durante o mês de outubro. A variação de preços impacta os hábitos de consumo da população campo-grandense. Famílias substituiram os supermercados pelas feiras nos bairros.
Conforme planilha de comparação de preços da Superintendência do Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de Mato Grosso do Sul (Procon/MS), frutas mais consumidas como a laranja, melancia e limão taiti são encontrados pelo preço médio de R$2,91 o quilo, R$14,12 a unidade e R$4,97 o quilo, respectivamente. A cenoura e a batata inglesa tiveram aumento de 58% no preço final ao consumidor. Um quilo varia entre R$3,60 a R$4,84.
A cebola branca foi o item com a maior variação de preço. O quilo é comercializado a partir de R$1,35 a R$8,98, o que resulta na variação de 565,19% entre os preços. A menor variação é da maçã fuji, que pode ser encontrada no valor de R$5,99 a R$6,99, com variação de 16,69%.
Segundo a nutricionista Maria Fonseca, o aumento do preço de hortifrútis impacta a alimentação em relação à qualidade do que é consumido. ‘’O maior problema é que as pessoas deixam de priorizar alimentos saudáveis e substituem por produtos ultraprocessados como macarrão instantâneo, itens congelados, fritos, e eles possuem adição de sal, açúcar e conservantes’’. De acordo com Maria Fonseca, a melhor alternativa para evitar danos à saúde e fugir da inflação é priorizar feiras, escolher frutas, legumes e hortaliças da estação.