Mato Grosso do Sul tem o segundo gás de cozinha mais caro da região Centro-Oeste, com aumento de 39,6% em relação a 2022. O preço do Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) aumentou no segundo semestre deste ano e custa, em média, R$ 114,25, valor que ultrapassa o custo médio nacional de R$ 101,85. O preço médio do botijão de 13kg teve variações de R$ 94,90 a R$ 110,00 no final do mês de outubro, um aumento de 3,14% em comparação com o mês anterior.
O valor do gás de cozinha é definido pela cotação do dólar e tributos estaduais, como o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). As famílias que recebem até um salário mínimo são as mais afetadas pelo aumento do preço do gás de cozinha, o consumo do botijão tem duração média de um mês conforme o uso. Os municípios de Coxim, Corumbá e Três Lagoas têm o valor mais alto, entre R$ 115,27 a R$ 121,87.
O economista Eduardo Matos relata que o aumento nos preços do gás de cozinha está associado à inflação no mercado global, e que faltam ações econômicas como política assistencialista para a redução dos preços. "O gás de cozinha é o GLP que é derivado do petróleo, e embora haja uma produção do gás em Mato Grosso do Sul, não temos a produção do petróleo que é o principal insumo". O economista ressalta que a variação dos preços nos municípios ocorre devido a economia empresarial, atribuída a compra e revenda do gás de cozinha nos mercados.