O Índice de Preços ao Consumidor de Campo Grande (IPC/ CG), que mede as variações mensais do consumo de preços de bens e serviços, mostrou que os alimentos no mês de agosto fecharam com alta de 0,55%. O aumento nos preços de gêneros de primeira necessidade afetam diretamente na renda familiar. A pesquisa foi realizada pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (NEPES) da Universidade Anhanguera Uniderp,
Segundo o economista Mateus Boldrine Abrita, “o preço dos alimentos impactam diretamente no poder de compra dos trabalhadores e pessoas mais pobres. Isso porque esses bens são considerados de demanda inelástica, ou seja, mesmo que subam os preços, as pessoas têm que comer do mesmo modo."
Conforme o coordenador do NEPES, Celso Correia de Souza, “a carne bovina pode oferecer algum risco para a inflação, com o aumento de preços desse produto devido ao incremento da exportação e o baixo oferecimento de boi gordo aos frigoríficos" O IPC/CG divulgou que os alimentos mais inflacionados foram a carne bovina, peixes, linguiça e leite pasteurizado. Os alimentos que tiveram preços reduzidos foram feijão, tomate, arroz, ovos, alface e açúcar.
A confeiteira Ana Cristina afirma que “a carne, o café, o leite e o pão são os produtos mais caros. São produtos indispensáveis, são essenciais. Afeta em toda a renda, pois planejamos uma coisa para aquele mês e quando chega no mercado, a situação é outra, as coisas estão caras e não dá pra tirar do carrinho produtos de necessidades do dia a dia.” A técnica em segurança do trabalho Luciene Polastrini, disse que “todo mês que vou ao mercado, compro quase a mesma coisa, mas sempre a conta fica mais cara. Acaba sendo um dos gastos mais caros do mês.” A comerciante Rozeneide Soares, reclama dos preços.
O economista Boldrini completa, "em Campo Grande e no Brasil os alimentos vem pressionando a inflação. Com a perda de poder de compra os outros setores tendem a sofrer com falta de demanda, assim, impacta a economia local”.