Mato Grosso do Sul registra produção histórica de 15 milhões de toneladas de soja na safra 2022/2023. Os produtores rurais destinaram quatro milhões de hectares para o plantio do grão, uma expansão de 6,5% em relação ao período anterior. A colheita recorde no primeiro período do ano ocorreu devido a boa produtividade e a recuperação de áreas degradadas, antes utilizadas pela pecuária extensiva.
O clima favorável e o uso de biotecnologias no campo foram determinantes para o aumento de 38% da produtividade. O melhoramento genético e o uso de grãos transgênicos também auxiliou no aumento da produção. A baixa incidência de plantas daninhas e pragas nas lavouras, reduziu o uso de agrotóxicos em várias áreas analisadas pelo Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (Siga).
O secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck afirma que a expansão do plantio para áreas ocupadas pela pecuária foi essencial e acompanha a crescente demanda de Mato Grosso do Sul. “O aumento na produção da soja, e também do milho, reflete no crescimento das unidades de armazenagem e esmagamento de grãos”. O estado ocupa o quinto lugar no ranking nacional de produção e exportação do grão.
De acordo com informações do boletim divulgado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) de Mato Grosso do Sul, foram colhidas 61,44 sacas de soja por hectare neste ano, devido à manutenção da produtividade principalmente na região norte do estado. O presidente da Aprosoja/MS, André Figueiredo Dobashi afirma também que o avanço no uso de biotecnologias foi determinante para o aumento da produção do grão. " Propriedades antes ocupadas para criação de gado deram lugar para a agricultura, e a produtividade por área plantada fez com que a gente expandisse ainda mais a produção no estado”.