Os custos com alimentação e bebidas subiram 0,44% em Campo Grande. A capital tem um dos maiores índices acumulados do preço ao consumidor. O eventos climáticos como a estiagem e as queimadas causaram prejuízos na produção agrícola e influenciaram no valor final dos alimentos da cesta básica para o consumidor final.
O aumento nos preços dos alimentos básicos afeta diretamente as famílias de baixa renda. O valor subiu em restaurantes populares em 90,41% no mês de agosto. A estiagem e a instabilidade do mercado agrícola elevaram os preços e causam insegurança alimentar.
Pesquisa de Cesta Básica, Higiene e Limpeza da Secretaria Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor (PROCON/MS) registrou oscilação de 62,92% no valor dos alimentos básicos, entre eles arroz, feijão e frutas, como banana e tomate. As famílias que recebem até um salário mínimo são as mais afetadas pelo aumento do preço. O preço médio do pacote de feijão de um quilo subiu de R$6,95 para R$11,90 no mês de agosto.
A Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT) publicou em sua página na Internet que o valor médio de um Comercial/Prato Feito chegou de R$17,00 a R$32,37 em Campo Grande. Segundo o proprietário do restaurante Jacaré, Bruno Rebelo da Silva a instabilidade do mercado de alimentos causa insegurança na atividade. "A gente tenta manter uma média razoável. Tem meses que são melhores e tem meses que são piores financeiramente".
Segundo a economista e supervisora técnica do escritório regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) de Mato Grosso do Sul, Andreia Ferreira há um aumento de determinados produtos nos mercados. " A pesquisa que o DIEESE faz mensalmente na capital contempla todas as variedades de frutas, verduras etc. A banana, por exemplo, embora esteja em época de safra da banana prata, ainda está com preço bem elevado".