Segundo a secretária geral da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), Ana Maria Souza o sindicato estava presente na manifestação pelo impacto direto que os cortes na educação apresentam para os trabalhadores. Segundo a secretária geral, a retirada dos recursos na educação afeta todas as etapas na educação.
A professora da Rede Estadual de Enisno, Juliana Silva levou seus filhos Ana Clara e Caio Silva de sete quatro e anos de idade para a manifestação. Juliana Silva realizou toda sua graduação na UFMS e na UEMS e afirma que é impensável que a universidade pública se constitua como uma universidade privada. “Eu acho que os meninos desde pequenos tem que ter essa consciência política de que precisam lutar pelo que é de direito deles. Eu acho que trazendo eles, é uma forma de mostrar isso pra eles na prática. É pública, é nossa e tem que ser de qualidade”.
De acordo com o coordenador da escola indígena da aldeia Água Azul, Enoque Roberto existem diversos aspectos que dificultam o acesso-permanência de alunos indígenas na universidade. Segundo ele, é possível perceber a dificuldade nas escolas pelo acesso das crianças das aldeias à informações e tecnologias, que é menor do que o das crianças da área urbana.
O estudante filiado à União Nacional dos Estudantes (UNE), Pedro Assunção afirma que a instituição decidiu participar do ato nacionalmente após o bloqueio das verbas destinadas às universidades federais. “Os estudantes estão nas ruas porque a gente acredita que a o sonho da juventude brasileira hoje é ingressar em uma universidade pública. Quando o Bolsonaro anuncia esse corte, a gente acredita que ele está indo contra a juventude brasileira. A gente está na rua convocando os estudante a se manifestarem porque a gente vai lutar para que isso não aconteça”.
A estudante do Instituto Federal de Mato Grosso do Sul (IFMS), Mariana de Brito esteve nas ruas com cerca de 200 alunos da escola técnica em defesa a educação. Segundo a aluna, há muitas atividades e prestação de serviços à população realizadas no instituto. “Tem muitas coisas lá, fic de libras, fic de inglês para outros alunos que também não são do IF, tem projetos para deficientes visuais, deficientes auditivos, e como que o Brasil vai melhorar se não tiveram projetos que auxiliam o Brasil ir pra frente?”. Mariana de Brito comentou que há alunos que só conseguem ir para as aulas devido aos auxílios transporte, a instituição se comprometeu a manter os auxílios aos estudantes, os mesmos estão apreensivos com os bloqueios.