Os estudantes Agatha Rodrigues e Marco Antonio da Cruz ganharam um prêmio de jornalismo na Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom), com a reportagem produzida para rádio “Ninguém vive só de soja”, no segundo semestre de 2018. Eles representaram o curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) na categoria de melhor reportagem em radiojornalismo. O tema surgiu a partir de uma declaração do então candidato à presidência, Jair Bolsonaro sobre a criminalização do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no período eleitoral.
Para Marco Antonio da Cruz o tema escolhido se enquadra entre as questões sociais como foco do jornalismo. Foram mais de quatro horas de áudio reduzidas a 20 minutos de reportagem. Agatha Rodrigues complementa que a premiação auxilia na qualificação do currículo e traz oportunidades para os vencedores. “É um atestado que seu trabalho está muito bom, não é só você e seu nicho que pensam isso. Poder colocar no seu currículo que você ganhou um prêmio nacional e que fala de agricultura familiar, movimento social e MST em uma atualidade que quase não se discute”.
A Expocom é uma premiação de trabalhos experimentais produzidos por estudantes de graduação em Comunicação no país, ocorreu entre os dias 2 e 7 de setembro, na 42º edição do Congresso Brasileiro de Comunicação de 2019, em Belém. O regulamento do prêmio exige que todos os produtos inscritos sejam produzidos sob orientação ou supervisão de um ou mais professores e são divididos em três categorias, Jornalismo, Publicidade e Propaganda, e Relações Públicas; e Comunicação Organizacional. Os trabalhos premiados foram classificados na Expocom Centro-Oeste de 2019, realizada em Goiânia, na Universidade Federal de Goiás (UFG).
A diretora da região Centro-Oeste da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom), Daniela Ota afirma que há uma média de 150 trabalhos inscritos na região. "Este ano conseguimos inscrever trabalhos em 18 categorias, e a gente sabe que nessa etapa nacional é mais dificil porque são os melhores trabalhos das cinco regiões do país."
A coordenadora local do evento, Maria Ataíde Malcher destacou que receber um prêmio do Expocom é simbólico e que a experiência de participar do congresso é a mais enriquecedora. Ela acredita que a premiação é um incentivo para a formação de profissonais capazes de atender às necessidades do mercado de trabalho.