A Sociedade Comunitária Gibiteca e a Agência Municipal de Transporte e Trânsito (AGETRAN) começaram a instalar, neste mês, bibliotecas nos terminais de ônibus de Campo Grande para incentivar a leitura dos usuários que frequentam o transporte coletivo.
As bibliotecas do projeto “Vamos fazer Campo Grande uma cidade de leitores” terá um acervo inicial de 200 livros de variados gêneros, direcionado para todas as idades. Os leitores poderão emprestá-los e fazer doações para o aprimoramento do local.
O professor e idealizador do projeto, Ronilço Guerreiro comenta que é um sonho realizado e sua intenção é despertar a curiosidade e o interesse das pessoas pela leitura. “É através da cultura que podemos educar os cidadãos. O livro além de provocar dentro de você a vontade de aprender, de estudar e ver coisas diferentes, ele também socializa as pessoas. É uma forma de ensinar a interpretar a vida, de mostrar outras realidades, outros contextos e perceber que você não está sozinho, pois viaja dentro de si mesmo”.
O estudante do ensino médio Ruddimar Pedroso apoia o projeto e acredita que a leitura não deve ser só dentro das salas de aula. “Não podemos ler apenas dentro da escola, ler em casa também é importante. Agora com esses livros no terminal, não vou mais ficar sem fazer nada enquanto espero o ônibus, vou pegar um livro e ler para o tempo passar mais rápido”.
A agente de telemarketing, Lucinéia Aparecida Moraes é crítica sobre a implantação das bibliotecas. “Pra mim, isso não vai durar muito tempo. A ideia é muito boa, ajuda no incentivo pra ler, mas daqui uns dias esses livros estarão todos rasgados ou serão roubados. Ninguém respeita coisas públicas, sempre tem vândalos que vem e destrói tudo”.
Os terminais de ônibus foram escolhidos para receberem as bibliotecas por causa do grande fluxo de pessoas que passam diariamente pelo local. A intenção de Ronilço Guerreiro é expandir os pontos de leitura por outros locais públicos de Campo Grande. Jovens voluntários da Sociedade Comunitária Gibiteca serão responsáveis pela manutenção do local, com reposição e organização dos livros nas estantes de todos os terminais.
A dona de casa Valdete Pereira entende que a biblioteca será um passatempo para quem aguarda o ônibus. Para ela, “os ônibus demoram muito, ler um livrinho enquanto espera, ajuda a distrair um pouco e a gente ainda aprende um pouquinho”.