EDUCAÇÃO

Biotério da UFMS é aprovado pela Rede Nacional de Biotérios

No país, 550 instituições foram inscritas para participar do processo realizado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq

Jéssica Fernandes, Lyanny Yrigoyen e Monique Faria23/10/2018 - 22h17
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O Biotério Central da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) é aprovado para integrar a Rede Nacional de Biotérios de Produção de Animais para Fins Científicos, Didáticos e Tecnológicos (Rebioterio). A parceria contribui para a expansão de pesquisas científicas, como a realizada pelo Programa de Pós-Graduação de Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste (PPGSO) sobre câncer de próstata. O Biotério Central é responsável por fornecer os camundongos usados na testagem das reações causadas pelo tumor.

A unidade faz parte do Instituto de Biociências (InBio) da UFMS e objetiva produzir e fornecer animais de laboratório de qualidade genética para projetos de pesquisa e extensão no âmbito da universidade. De acordo com a chefe do Biotério Central, Telma Bazzano em 2018 a unidade forneceu material para 91 projetos de pesquisa que inclui programas de pós-graduação, mestrado e doutorado 

A técnica de laboratório do Biotério, Amanda Godoi Navarezi afirma que para o local fornecer o material aos pesquisadores, os projetos de pesquisa, inicialmente,  precisam ser aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (Ceua). “Aprovado o projeto, a pessoa traz o certificado da CEUA com a quantidade de animais, a espécie, o sexo, peso, idade, juntamente com o formulário”. Para a reprodução das espécies o Biotério tem um prazo de 60 dias para acasalar as fêmeas e fornecer a linhagem.

O estudante  do Programa de Pós-Graduação de Saúde e Desenvolvimento na Região Centro-Oeste (PPGSO) da UFMS, Antônio de Abreu desenvolve pesquisa  do câncer de próstata humano, no qual é utilizado células do câncer em camundongos machos fornecidos pelo Biotério Central para testar as reações causadas no desenvolvimento do tumor. “Nossa tentativa é desenvolver o tumor nestes camundongos depois deles serem imunossuprimidos com três drogas, ciclofosporina, dexametasona e ciclofosfamida”.

A chefe do Biotério, Telma Bazzano explica que o laboratório trabalha de acordo com as normas do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), órgão do Ministério da Ciência, Tecnologia,  Inovações e Comunicação (MCTIC). “O Concea é responsável pelo credenciamento das instituições que atuam nessa área e também o estabelecimento de procedimentos para instalação e funcionamento dos centros de criação ou biotérios do país”.

Os critérios mínimos de qualidade e avaliação estabelecidos para se associar ao Rebiotério incluem o controle reprodutivo, genético e sanitário dos animais. A Rede Nacional de Biotérios aplica parâmetros internacionais de segurança animal e tem a finalidade de atender a demanda nacional, de redução, refinamento e substituição dos animais. 

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