Reitora Camila Ítalo - (Foto: João Vitor Marques)A professora e médica veterinária Camila Ítavo tomou posse como reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Camila Ítavo foi vice-reitora da instituição durante os dois mandatos do ex-reitor Marcelo Turine, entre 2016 e 2024. O vice-reitor e pró-reitor de Assuntos Estudantis, Albert Schiaveto, e os pró-reitores escolhidos pela gestora também foram empossados. A solenidade de posse foi realizada no Teatro Glauce Rocha no dia 28 de outubro. Camila Ítavo apresentou as metas para o próximo ciclo de gestão e o novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PID), que define o funcionamento da UFMS nos anos de 2025 a 2030.
A nova reitora foi escolhida após processo de consulta à comunidade universitária realizado em maio de 2024. A chapa de Camila Ítavo e Albert Schiaveto foi a mais votada e recebeu 4.026 votos de estudantes, 725 de técnicos e 883 de docentes. O Ministério da Educação recebeu a lista tríplice de candidatos à reitores Camila Ítalo, Marco Aurélio e Ruy Albeto, formulada pelo Conselho Universitário, em junho. O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva oficializou a nomeação da reitora no mês de agosto.
A reitora Camila Ítavo explica que o plano de trabalho para 2024 a 2028 se baseia em "três grandes pilares, de uma UFMS inovadora, sustentável e humana" e com "foco nos estudantes". Camila Ítavo afirma que a "ciência e a tecnologia devem estar a serviço da sociedade e que a UFMS deve contribuir para o desenvolvimento econômico e social de Mato Grosso do Sul". A nova reitoria destacou que "nós já anunciamos a proposta de criação de duas novas unidades, Pró-Reitoria de Cidadania e Sustentabilidade e a Agência de Internacionalização. O foco é o fortalecimento da cidadania, sustentabilidade e internacionalização, em plena sintonia com o Planejamento Estratégico do Governo Federal e com as diretrizes e metas do Ministério da Educação." A reitora ressaltou que um dos objetivos da gestão é criar canais de comunicação mais ágeis entre os estudantes e a reitoria. "Lançamos a plataforma UFMS Participativa, uma ação inovadora, para ampla participação da comunidade universitária e de toda sociedade para receber novas sugestões e ideias de melhorias".
O vice-reitor Albert Schiaveto afirma que a Pró-reitoria de Assuntos Estudantis é "fundamental para manter o diálogo e a interação com os estudantes". Schiaveto destaca que a nova gestão realizará licitação de novas empresas para atendimento do Restaurante Universitário, e estudo sobre novas faixas de subsídios de alimentação para os estudantes. "Abrimos editais de auxílios, com a inovação do auxílio transporte, uma demanda antiga para atender os estudantes que precisam de locomoção paga para se deslocar até o campus. Como vice-reitor, vou auxiliar a reitora Camila em todas as áreas e manterei o foco no cuidado com os nossos estudantes, pensando e realizando políticas públicas de assistência estudantil".
O professor da Faculdade de Computação da UFMS, Marco Aurélio Stefanes afirma que a experiência no processo de candidatura "foi gratificante e que os debates com a comunidade acadêmica são importantes para a realização de projetos da universidade". Stefanes ressaltou que a expectativa é que "a nova reitoria resolva pautas como a democratização e sensibilidade com servidores e professores, e a alteração do preço do restaurante universitário". Stefanes ainda reforça que "esperamos que a universidade não tenha mais um dos restaurantes universitários mais caros do país. E rogamos por uma gestão que tenha mais sensibilidade com as questões que atingem os técnicos administrativos e servidores, que há tanto tempo se dedicam à instituição".
O acadêmico do curso de Engenharia de Software da UFMS, Gustavo Fernandes acredita que muitos espaços da Universidade necessitam de reformas. O acadêmico afirma que a qualidade das refeições do Restaurante Universitário é insatisfatória e os valores são altos para os estudantes. "A faculdade tem muitos pontos que estão bem defasados, como o Bloco 6, que é completamente insalubre para ter aula. E a ficha do Restaurante Universitário é pouco viável para os estudantes. As vezes eu deixo de almoçar porquê eu não vou vou pagar 14 reais por uma comida sem muita qualidade".
