EDUCAÇÃO

Sesi promove ensino gratuito de robótica para nove mil crianças em Mato Grosso do Sul

Projeto implantado nas bibliotecas da Indústria do Conhecimento do Sesi oferece aulas de programação e robótica para crianças carentes

Jéssica Fernandes, Lyanny Yrigoyen e Monique Faria23/09/2018 - 19h56
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O Serviço Social da Indústria (Sesi) iniciou um projeto que promove o ensino gratuito de robótica para crianças carentes de 7 a 11 anos, em 2014 . A robótica educacional faz parte da estrutura curricular do ensino fundamental e médio da escola do Sesi, desde 2006. Aproximadamente nove mil crianças tiveram acesso às aulas de programação por meio da robótica , desde que o projeto foi implantado nas bibliotecas da Indústria do Conhecimento do Sesi, no Mato Grosso do Sul.

O presidente da RoboGarden e doutor em Engenharia Geomática, Mohamed Elhabiby contribui com a metodologia de ensino do Sesi por meio de uma plataforma virtual, responsável por levar o ensino de robótica e programação a escolas de mais de 120 países. A RoboGarden também estará disponível a partir do ano que vem em todas as bibliotecas da Industria do Conhecimento do Sesi no Estado. 

O professor e coordenador do programa de extensão NERDS da Fronteira da Faculdade de Computação (Facom) da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Amaury de Castro Júnior explica que a robótica destaca-se pelo caráter inter e multidisciplinar. "A Robótica Educacional ou Pedagógica é um campo de pesquisa que une a tecnologia com a educacação e vem crescendo e sendo implantada em muitas escolas brasileiras, atuando nas diversas áreas do ensino, auxiliando os estudantes no aprendizado e na fixação dos conteúdos ministrados, tornando o ensino mais prático e agradável tanto para o professor, quanto para o estudante”.

Em todo o estado, são mais de 20 mil estudantes e professores que colaboram com as ações realizadas a partir do Programa NERDS da Fronteira. O coordenador pedagógico da Escola Sesi de Campo Grande, Marcelo Giordano Jeffery atua como professor articulador e incentiva a participação extra-curricular. Jeffery explica que existem duas modalidades de ensino, diferentes para o ensino fundamental e médio. “No fundamental existe um material de acompanhamento pedagógico com orientação dos professores que vai além das matérias exatas, atuando como uma ferramenta. Já no ensino médio, faz parte da grade curricular, os alunos têm uma disciplina chamada Oficina Tecnológica, aprendendo os conceitos básicos de computação, ampliando o currículo”.

O estudante do segundo ano do ensino médio, Pedro Henrique Araújo afirma que pretende cursar Engenharia de Computação e participou de feiras nacionais, regionais e campeonatos como o Torneio de Robótica First Lego League (FLL), que aconteceu durante à Feira do Conhecimento em Brasília, em 2017. Araújo acredita que há investimento na área da tecnologia em Mato Grosso do Sul. “A gente tem bastante campeonatos, eventos de robótica, feiras. Em sala de aula você acaba trabalhando só um assunto, só com a linha de pensamento do grupo, já quando você vai para as feiras, conversa sobre o mesmo assunto, só que com diferentes linhas de raciocínio”.

O Torneio de Robótica First Lego League (FLL), organizado pelo Departamento Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), é um programa internacional de exploração científica, projetado para fazer com que crianças e jovens de nove a 16 anos envolvam-se na área da ciência e tecnologia.

Serviço

Estão abertas as inscrições de equipes para a temporada 2018/2019 entre os dias 1º de agosto e 31 de outubro com o tema “Into Orbit” (Na Órbita). 

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