A inserção de conteúdos multimidiáticos, como áudios, imagens e vídeos em cibermeios foi tema de pesquisa apresentada no 13° Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor). A pesquisa da estudante do Mestrado em Comunicação Amanda Brito defendeu a inclusão desses conteúdos para melhorar a compreensão das notícias.
Brito analisou diversos cibermeios e o uso de multimídia em matérias nos portais de notícias. O ciberjornal laboratório do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Primeira Notícia foi um dos jornais estudados. Segundo a pesquisadora, "o jornal online Primeira Notícia trabalha a inserção de multimídias em suas matérias". Ela ressaltou a necessidade do aluno estar integrado com a produção de conteúdos multimídia.
A jornalista participou pela primeira vez do Encontro e em sua pesquisa também abordou a importância das plataformas midiáticas, como vídeos, imagens e áudios para a inclusão da informação na sociedade. “Eu defendo o áudio para deficientes visuais, por exemplo, o vídeo para ter a capacidade de colocar legendas ou janelas em libras e o texto para enriquecer outros tipos de conteúdo”.
A jornalista Maressa Mendonça participou da produção do jornal e diz que o Primeira Notícia é bem próximo da realidade das redações. "Mesmo que os textos não fossem ao ar no dia da entrega, acho que a maior contribuição foi aprender a 'defender' a pauta". O jornalista Lairtes Chaves também passou pelo Primeira Notícia, quando este era conhecido como Escola da Prática. Chaves disse que a experiência foi interessante por permitir um contato direto com a notícia de internet.
SBPJor
O Encontro teve apresentações de resultados de pesquisa por meio de grupos de debates e palestras dentro das áreas de pesquisa em Jornalismo, como por exemplo telejornalismo, radio, democratização digital, entre outras. A mestre em Comunicação pela UFMS, Fernanda França apresentou resultado de pesquisa sobre a história do ciberjornalismo em Mato Grosso do Sul. A jornalista identificou 328 cibermeios no Estado no período de 2012 a 2014 e comentou as mudanças do ciberjornalismo no decorrer dos anos. "No início os cibermeios apenas replicavam na internet o conteúdo produzido pelo impresso. Em seguida, passou por um período intermediário, em que tanto replicavam quanto produziam conteúdo online e hoje existe uma produção de matérias atualizadas". De acordo com França, “apesar das televisões e impressos terem seus sites, eles trabalham muito com o conteúdo em tempo real”.
O evento reuniu pesquisadores de vários estados, como o professor de jornalismo, Manoel Moabis, que leciona na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Ele falou sobre a importância do Encontro para a integração dos cursos de Jornalismo no país. “É um momento de atualização, uma vez que a gente fica inteirado das principais pesquisas que estão acontecendo na área pelos colegas. As mesas foram bastante importantes nesse sentido, as apresentações de trabalho também”.