Pesquisadores juniores de Mato Grosso do Sul ganharam 22 prêmios com 12 projetos científicos na 16ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE). A premiação aconteceu no dia 16 de março, na Universidade de São Paulo (USP). O estado teve aumento de mais de 157% de títulos premiados em relação a 2015 com 14 premiações de cinco projetos. Em 2016, o número foi de 20 prêmios com 10 projetos. Em 2017, a delegação sul-mato-grossense obteve 17 premiações de 8 projetos.
A FEBRACE é a maior feira de ciências do país, acontece desde 2003 e podem participar estudantes do 8º e 9º ano do Ensino Médio e Técnico. As credenciais para a Feira são distribuídas por meio do processo seletivo nacional ou pelas premiações em feiras regionais. A mostra reúne projetos de todo o país com temas em todas as áreas do conhecimento com o objetivo de estimular a pesquisa científica e promover intercâmbio do ensino superior com o médio e fundamental.
O professor doutor Ivo Leite Filho é coordenador geral da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências (FETEC MS) da região Centro-Oeste e organizador da delegação de alunos representantes de Mato Grosso do Sul. Os estudantes que participaram da FEBRACE este ano eram de escolas estaduais, municipais, particulares e do Instituto Federal. Ivo Leite Filho afirma que este crescimento acontece desde 2012. “Saímos de nove projetos em 2012 para 21 trabalhos em 2018. Seria mais de 100% de aumento em termos de representatividade".
Ivo Leite Filho salienta que Mato Grosso do Sul possui feiras científicas municipais, que oferecem vagas para que os participantes com melhores trabalhos apresentem seus trabalhos na FETEC MS. Da mesma maneira, a FETEC MS premia os projetos de maior potencial com credenciais para a FEBRACE. Na feira estadual, são cinco lugares oferecidas para as pesquisas que mais se destacam. O professor afirma que a produção científica contribui para o desenvolvimento dos estudantes do estado. “A experiência permite que o aluno que tem habilidade e potencial para desenvolver a pesquisa consiga receber apoios desde a educação básica, também tira do senso comum a ideia de que só é possível trabalhar com pesquisa no ensino superior e por último, começa a dar espaço para potenciais valores na educação básica, que antes não eram vistos, como a aplicação dos conteúdos aprendidos”.
A professora de geografia, Fabiana Cabral participou da Feira Nacional como orientadora de projetos científicos juniores e relata que na escola em que trabalha a produção de uma pesquisa científica tem a duração de um ano. “As ideias surgem a partir de problemas ou situações que eles gostariam de mudar”. Fabiana Cabral afirma que a autonomia para a pesquisa e para os estudos é o principal objetivo na elaboração dos trabalhos. “É o conhecimento que eles acabam construindo, a responsabilidade, o compromisso e a organização, porque a Iniciação Científica no Ensino Básico precisa ter um trabalho bem presente do orientador.”