A inclusão de autistas à lista de pessoas com prioridade em estabelecimentos comerciais, permitidos a usar as filas preferenciais foi aprovada em lei publicada no Diário Oficial do Estado, no dia 11 de setembro. A Lei nº 5.054, que entra em vigor no dia 11 de outubro, obriga as empresas a fixarem o símbolo representativo da causa autista junto às imagens de gestantes, idosos e outros. A legislação, proposta pelo deputado estadual Paulo Siufi (PMDB/MS), é uma alteração da nº 3.530, de 24 de junho de 2008 e o descumprimento poderá acarretar em advertência escrita e, em caso de reincidência, multa de 50 Unidades Fiscais Estaduais de Referência de Mato Grosso do Sul (Uferms).

A Associação de Pais e Amigos do Autista de Campo Grande - MS (AMA) realiza o diagnóstico e o acompanhamento de crianças, adolescentes e adultos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) em Campo Grande desde 1988. A Associação recebe doações para manter a sede, inaugurada em abril de 2016, em parcerias com o Estado, Município e com os pais dos alunos. O atendimento é realizado por psicólogos, pedagogos, educadores, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais e um musicista, atualmente, atende 105 pessoas de 3 a 39 anos.
A AMA desenvolveu uma carteira de identificação para que os portadores de TEA comprovem o autismo. O documento com o nome e foto do autista será emitida pela Secretaria Municipal de Assistência Social (SAS).
A vice-presidente da AMA, Mara Rubia Gamon, 53, afirma que a AMA realiza o acompanhamento e a avaliação gratuitamente e para conseguir uma vaga, é necessária uma análise de um grupo de profissionais. Três especialistas fazem essa avaliação - uma fonoaudióloga, uma psicóloga e uma pedagoga. Mara Gamon explica que esse "tripé" faz com que o diagnóstico seja preciso e rápido.