Rádio web leva inclusão social aos deficientes visuais

Projetos que desenvolvam atividades úteis para o mercado de trabalho e para a reabilitação é uma maneira do Instituto ajudar na reabilitação e orientar deficientes visuais. E com o equipamento disponível graças ao patrocínio, foi possível montar um curso de rádio web, que foi coordenado pela radialista Dayse Gomes.

O curso teve início em abril de 2013, com uma turma de 30 pessoas. O único pré-requisito para participação era ter algum vínculo com o Instituto. Em três módulos os alunos aprenderam a compreender a linguagem radiofônica, produção de notícias e edição. Gomes diz que a ideia da rádio surgiu durante sua graduação em Rádio e TV, e ela que ministrou as aulas com a ajuda do Sindicato dos Radialistas.

O jornalista Arquimedes Júnior é um dos voluntários na rádio. No início ele participava na gravação dos livros-áudio, e quando surgiu a ideia da rádio web, ele foi chamado para fazer parte da equipe. “Aprendi a usar minha voz para divulgar os trabalhos e o programa”.

A programação contém spots sobre como guiar os cegos na rua e outras instruções de como ajudá-los. As músicas são escolhidas de acordo com os pedidos dos ouvintes, reunidos em grupos no WhatsApp e as mensagens gravadas por áudio pelo aplicativo são os principais meios de comunicação. Barbosa comenta que boa parte dos deficientes do Instituto são atletas e viajam pelo país em campeonatos, e assim conseguem muitos contatos, o que possibilitou a criação do grupo específico de ouvintes da rádio. Os ouvintes são de vários estados, como Bahia, Mato Grosso e Brasília. Além disso, a rádio tem um aplicativo gratuito disponível para aparelhos Android.

A psicóloga Liz Raquel Bento Magalhães ainda explica que maioria dos deficientes visuais não são completamente cegos, nem mesmo nasceram com a deficiência. Alguns sofreram acidentes ou doenças que causaram a perda da visão, e por isso é preciso auxiliá-los a recuperar a autoestima para conseguir voltar à sua rotina.