Sala de aula da Rede Municipal de Campo Grande - (Foto: Fernanda Sá)A Prefeitura Municipal de Campo Grande concedeu a 3,5 mil professores da Rede Municipal de Ensino promoção horizontal na primeira semana de setembro deste ano. A Prefeitura ofereceu aos professores outros benefícios como a revitalização das escolas municipais, atualizações no material pedagógico e o recebimento de adicional por tempo de serviço, depois de cinco de suspensão dos benefícios. A promoção horizontal possibilitará aos professores da Rede Municipal de Ensino (Reme) um aumento salarial a cada três anos.
A promoção horizontal, promoção vertical, revitalização das escolas municipais, atualizações no material pedagógico e o recebimento de adicional por tempo de serviço foram suspensos pela primeira vez em 2015, e novamente em 2016 com a justificativa de falta de verba pública para cobrir os custos. Os salários dos professores da Reme tiveram seis alterações do período da última suspensão até a retomada dos benefícios em 2024. A Rede Municipal de Ensino possui 8.518 professores, 267 diretores e diretores adjuntos, 695 profissionais na equipe pedagógica, 6.641 servidores administrativos e 20.297 alunos.
A promoção salarial é regulamentada por meio do Plano de Cargos e Carreiras do Magistério, que estabelece as regras e condições para a progressão dos profissionais da Reme. A promoção horizontal resulta em um aumento salarial e reconhecimento profissional dos professores. A promoção vertical garante alteração hierárquica nos cargos dos professores.
O professor da Rede Municipal de Ensino (Reme), David Souza dos Santos explica que a promoção horizontal aconteceu após anos de manifestações públicas e negociações realizadas com a prefeita Adriane Lopes (PP). “Quando somos valorizados nos sentimos motivados a preparar uma aula diferenciada, produzir um material diferenciado para nossos alunos, pensar em algo novo, inovador que possa contribuir no o processo de ensino e aprendizagem dos nossos alunos”.
O presidente da Associação Campo-Grandense de Professores (ACP), Gilvano Bronzoni afirma que a superlotação, educação especial e a formação continuada "são pontos que ainda precisam ser revistos e melhorados. A suspensão dos benefícios definida em 2019 foi injusta e ilegal, mas aos poucos a categoria recupera o prestígio. Retomar a carreira não só fortalece a política de valorização como também recupera no magistério a confiança de que podemos investir em nosso trabalho”.
